Nesta terça-feira, 4 de novembro, Dia Nacional de Luta no Santander, o Sindicato promoveu um protesto na F1RST, empresa terceirizada de tecnologia do grupo Santander instalada no Geração Digital, concentração do banco espanhol na zona sul da capital paulista, com retardo do início das atividades no local de trabalho.
Dirigentes do Sindicato denunciaram diversos problemas que massacram os bancários do Santander: metas abusivas, assédio moral, sobrecarga de trabalho, adoecimento e, principalmente, o fechamento de agências, terceirização e fraudes na contratação, que cortam direitos e rebaixam salários.
A holding Santander encerrou o terceiro semestre de 2025 com 51.747 empregados, com fechamento de 3.288 postos de trabalho em doze meses, sendo que 2.171 postos foram eliminados no decorrer do 3º trimestre do ano. Em doze meses foram fechados 585 pontos de atendimento, dos quais 157 foram fechados no trimestre. Já a base de clientes aumentou em quatro milhões em doze meses, totalizando 72,8 milhões.
“Esta conta não fecha. Cada vez menos bancários e menos agências para atender mais clientes e bater metas cada vez mais altas. O resultado é o atendimento prejudicado para os clientes e sobrecarga de trabalho e adoecimento para os trabalhadores que seguem no Santander, que precisam absorver toda demanda das unidades fechadas”, denuncia o dirigente do Sindicato e bancário do Santander André Bezerra.
“Soubemos, recentemente, que o Santander vai fechar mais uma agência, onde está toda uma população periférica, trabalhadores, comerciantes, que será extremamente atingida com a falta de uma agência, do atendimento presencial. Nós temos na outra ponta os trabalhadores que ainda permanecem bancários, que estão sobrecarregados, adoecendo, muitos afastados, com questões sérias de saúde, por conta dessa gestão do banco, que prioriza exclusivamente o lucro em detrimento da saúde, do bem-estar e de um atendimento humanizado”, reforça a secretária-geral do Sindicato e bancária do Santander, Lucimara Malaquias.
Terceirização e fraude na contratação
O Santander, há anos o banco vem transferindo bancários para outras empresas do mesmo grupo, com CNPJs diferentes, como é o caso da F1RST, com o objetivo de retirá-los da categoria bancária, cortando inúmeros direitos e rebaixando a remuneração.
“O Sindicato, desde que o Santander começou com esta prática, tem lutado para que todos que trabalham para o banco, que contribuem para o seu lucro, sejam devidamente reconhecidos como bancários, fazendo jus a todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria. Os trabalhadores da F1RST, assim como de outras empresas do grupo Santander, devem entrar em contato com o Sindicato para somar forças nesta luta. Juntos, somos mais fortes”, conclui André Bezerra.
Os trabalhadores podem entrar em contato com o Sindicato por meio da Central de Atendimento (11 3188-5200), via chat, e-mail e WhatsApp. O sigilo é garantido.