Neste domingo (6) teremos, em todo o país, as eleições municipais, nas quais serão eleitos prefeitos e vereadores.
Uma pesquisa recente revelou que metade dos eleitores em São Paulo admitem que vão escolher os seus candidatos na véspera ou na hora da eleição. Esse é um comportamento preocupante porque representa que muitos sequer sabem quais as propostas dos candidatos que vão votar.
Você lembra qual vereador votou nas últimas eleições? Ou quais os deputados? Acompanhou sua gestão e sabe como se posicionou (junto ao partido) em relação a pautas que afetam diretamente o trabalhador, sua cidade e seu bairro?
Nos últimos anos, tivemos muitas derrotas para a classe trabalhadora, com a instituição do Teto dos Gastos, da Reforma da Previdência, Lei da Terceirização irrestrita e da reforma Trabalhista, com ataque aos direitos e a organização sindical.
As decisões tomadas no legislativo impactam diretamente na vida das pessoas, como o corte de investimentos públicos que afetaram a saúde, a educação e intensificaram as desigualdades sociais. Todos os trabalhadores também foram prejudicados pelas mudanças nas regras da aposentadoria, com aumento da idade mínima e diminuição dos valores recebidos. Outro retrocesso foi a aprovação da reforma Trabalhista, que favoreceu os empresários com menor custo e prejudicou os trabalhadores com menores remunerações e condições de trabalho precarizadas. Através da legislação, há o desmonte de políticas sociais, ambientais e de armamento.
Por isso, faça escolhas sensatas, votando em candidatos comprometidos com a pauta da classe trabalhadora, que mantenham a defesa dos direitos humanos e das diferenças de identidade; a menor desigualdade social; a importância do Estado para dinamizar a economia e oferecer proteção social.
É preciso que toda a sociedade se manifeste contra os ataques à democracia, em uma resposta firme contra o fascismo. Tivemos anos de retrocessos políticos, sociais e econômicos durante o governo de Bolsonaro. Os ataques realizados há um ano, com vandalismos, invasões e depredações ao patrimônio público evidenciaram a tentativa de golpe com ameaças frequentes de um chefe de estado que, durante toda a sua gestão, atacou o sistema eleitoral para descredibilizar as urnas eletrônicas.
A democracia fragilizada beneficia a elite dominante e oprime a classe trabalhadora.
Este ano, 155 milhões de eleitoras e eleitores estão aptos a votar e eleger candidatas e candidatos aos cargos de prefeito e vice-prefeito, vereadoras e vereadores, que atuarão nas casas legislativas dos municípios do país. O Brasil constitui-se em uma democracia e tem nas eleições uma valiosa expressão da soberania popular. O voto direto, secreto e universal é uma das grandes conquistas da sociedade e a resposta, de todos nós, precisa ser também nas urnas, com o compromisso e o fortalecimento das nossas instituições públicas.