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Com participação do Sindicato, plano de lutas é aprovado em último dia da Plenária Nacional da CUT

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Votação do plano de lutas encerra Plenária Nacional da CUT (Foto: Dino Santos)

O quarto e último dia da 17ª Plenária Nacional da CUT João Batista Gomes "Joãozinho", realizada em São Paulo, na Quadra dos Bancários, foi marcado por debates sobre o futuro do serviço público e pela definição do novo Plano de Lutas da Central para os próximos anos.

Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, participou como delegada ao longo dos quatro dias de plenária. Em sua avaliação, os debates foram produtivos e nortearão positivamente o movimento sindical cutista.

"A 17ª Plenária Nacional da CUT mostrou, mais uma vez, a força da classe trabalhadora organizada e o papel fundamental dos sindicatos na defesa da democracia, dos direitos e da soberania nacional. Saímos daqui com um plano de lutas robusto, que aponta caminhos concretos para fortalecer o sindicalismo, ampliar o diálogo com a sociedade e enfrentar os desafios que temos pela frente", analisa Neiva Ribeiro.

Além de sua presidenta, o Sindicato foi representado por outros seis dirigentes que atuaram como delegados durante toda a plenária. São eles: Antonio Netto, Erica de Oliveira, Marta Soares, Lucimara Malaquias, Karen Souza e Aline Molina.

Dirigentes sindicais representaram a categoria bancária na Plenária Nacional da CUT

Contra a reforma administrativa

A manhã começou com o Encontro Nacional de Servidores Públicos, que reuniu trabalhadoras e trabalhadores do setor para discutir os principais desafios da categoria. O encontro destacou a defesa e valorização do serviço público e a necessidade de barrar a reforma administrativa em tramitação na Câmara dos Deputados, considerada um ataque direto aos direitos dos servidores e à qualidade dos serviços prestados à população.

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, participou do debate e ouviu as demandas do movimento sindical. Os participantes cobraram que a posição do governo federal seja contrária à proposta de reforma construída por partidos como PL, PSD, Republicanos e União Brasil, os mesmos que apoiaram a chamada "PEC da Bandidagem".

Plano de lutas

Dirigentes sindicais durante debates e votações deste último dia de plenária

No período da tarde, a plenária se dedicou às moções e alterações na direção nacional e na executiva da CUT. Além disso, houve apresentação, debate e votação do Plano de Lutas. O documento aprovado por 598 delegados e delegadas de todos os estados do país reflete a disposição da Central em fortalecer o movimento sindical e ampliar sua presença nos territórios, articulando ações de base, comunicação e formação política. O plano foi estruturado em três grandes eixos:

Eixo 1: Fortalecimento do sindicalismo cutista – com foco na valorização da negociação coletiva, na sustentabilidade política e financeira da Central, e em campanhas como “Trabalhar Menos, Trabalhar Todos”, pela redução da jornada sem redução de salários.

Eixo 2: Protagonismo da CUT na reconstrução e transformação do Brasil – com prioridade para a defesa da democracia, o combate à extrema-direita, a resistência às privatizações e o fortalecimento da presença da CUT em espaços de formulação de políticas públicas.

Eixo 3: Desenvolvimento econômico sustentável e combate à desigualdade – com destaque para a transição justa, a reforma tributária com justiça social, a defesa da soberania nacional e a redução dos juros.

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