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Luta

Itaú: Sindicato conquista proposta com pagamento para bancários impactados por demissão em massa

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Da esquerda para direita: Cynthia Valente, assessora jurídica do Sindicato; Valeska Pinkovai, Sérgio Francisco e Maikon Azzi, dirigentes do Itaú; a presidenta Neiva Ribeiro; e Jefferson de Oliveira; assessor jurídico da Contraf-CUT (Foto: Seeb-SP)

Em mediação com o Itaú no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região, realizada na segunda 6, o Sindicato conquistou proposta de acordo com pagamento para bancários impactados pela demissão em massa feita pelo Itaú em 8 de setembro, que atingiu mais de mil trabalhadores em home office ou regime híbrido. Assembleia será realizada na quinta 9 (veja detalhes no final da matéria)

A luta do Sindicato no Itaú conquistou o pagamento de até 10 salários a mais, valor fixo de R$ 9 mil, 13ª cesta alimentação e manutenção da taxa de financiamento imobiliário diferenciada (saiba mais detalhes abaixo)

O Itaú também se comprometeu a não encerrar o modelo de teletrabalho no banco.

Desde a demissão em massa, o Sindicato amparou os trabalhadores e denunciou que os mesmos não tinham conhecimento do monitoramento e seus critérios; não receberam feedback prévio; o monitoramento não levou em consideração espeficidades de cada área; trabalhadores promovidos e premiados foram demitidos; a demissão não foi previamente comunicada ao Sindicato, desrespeitando o processo negocial; e que os demitidos foram expostos pelo banco de forma vexatória.

Para manter a solução negocial e garantir resposta efetiva às demissões, o Sindicato atuou em diversas frentes: reuniões diretas com o Itaú; intermediação da Fenaban (federação dos bancos); e, diante da resistência do banco, recorreu ao TRT solicitando mediação, com audiências realizadas nos dias 1, 3 e 6 de outubro.

Ações do Sindicato

  • Departamento Jurídico e de Saúde do Sindicato à disposição dos bancários demitidos, com realização de plantões de atendimento;
  • Atuação junto à opinião pública para contrapor a narrativa do banco sobre os bancários demitidos;
  • Mesas de negociação com o banco, que se iniciaram no dia seguinte a demissão em massa;
  • Protestos no CEIC, CT e BBA;
  • Paralisações no CEIC, CT e BBA;
  • Plenárias com trabalhadores demitidos sobre a mobilização;
  • Plenárias com trabalhadores que seguem no banco sobre o futuro do home office;
  • Mediação no TRT, solicitada pelo Sindicato.

“Após um mês desde a demissão em massa promovida pelo Itaú, conquistamos uma proposta que avaliamos como positiva para os bancários demitidos, que será avaliada em assembleia. Ainda assim, reafirmamos nossa indignação e repúdio com relação à demissão em massa e a forma como a mesma foi conduzida pelo Itaú, reforçando também que a mobilização em torno do futuro do home office, da privacidade e transparência em ferramentas de monitoramento, seguirão até que os bancários, não só do Itaú, tenham seus direitos assegurados”

Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

"Para a gente, a proposta que sai daqui é muito importante. O banco errou e estamos aqui para atender estes trabalhadores, principalmente o pessoal que tinha estabilidade. O Itaú vai voltar atrás no caso de quem estava gestante e, no caso dos adoecidos, o banco se comprometeu a analisar caso a caso. Saímos daqui vitoriosos. Queríamos sim a reintegração, não conseguimos, mas na medida do possível os trabalhadores vão sair com o reconhecimento de tudo o que aconteceu", acrescenta a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da COE Itaú (Comissão de Organização dos Empregados do Itaú), Valeska Pincovai.

Confira a proposta:

Para bancários entre 0 e 23 meses de banco:

Piso de 4 salários + valor fixo de R$ 9 mil + 13ª cestaalimentação.*

Para bancários a partir de 24 meses de banco:

Piso de 6 salários + ½ salário por ano trabalhado, com teto de 10 salários + valor fixo de R$ 9 mil + 13ª cestaalimentação.*

*Em ambos os grupos, bancários que possuem financiamento imobiliário junto ao Itaú terão mantidas as condições diferenciadas.

Condições: Proposta deve ser aprovada em assembleia, mas a adesão deve ser individual, com assistência do Sindicato e quitação total do contrato de trabalho. Prazo de até 6 meses para adesão ao acordo.

Assembleia na quinta 9

Os bancários impactados pela demissão em massa vão deliberar sobre a proposta em assembleia híbrida no dia 9 de outubro (quinta-feira), com votação entre 16h e 21h pelo link assembleia.spbancarios.com.br, que só estará funcional no período de votação e no qual estarão disponíveis todas as informações para a deliberação.

A partir das 16h, será realizada reunião presencial, no Auditório Azul da sede do Sindicato (Rua São Bento, 413, Centro), de forma que sejam esclarecidas todas as dúvidas e os trabalhadores possam exercer seu direito de voz.

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