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Plenária Nacional da CUT é aberta na Quadra dos Bancários

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Plenária Nacional da CUT é aberta na Quadra dos Bancários

A 17ª Plenária Nacional da CUT João Batista Gomes "Joãozinho", com o tema "Novos Tempos, Novos Desafios", teve início nesta terça-feira (14), na Quadra dos Bancários, no centro de São Paulo. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, além de sediar o evento, teve participação ativa desde o primeiro dia de atividades, com a presidenta da entidade, Neiva Ribeiro, compondo a mesa de abertura.

O encontro, que reúne 598 delegados e delegadas de todos os estados do país, de forma presencial e on-line, se estende até sexta-feira (17). O Sindicato dos Bancários conta com sete dirigentes representando a categoria como delegados e delegadas: Neiva Ribeiro, Antonio Netto, Erica de Oliveira, Marta Soares, Lucimara Malaquias, Karen Souza e Aline Molina.

Um dos mais importantes espaços de debate e formulação política do movimento sindical cutista, as plenárias nacionais são realizadas a cada dois anos, após o Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores, e têm como papel reafirmar princípios, renovar estratégias e mobilizar as bases para as próximas lutas sociais e políticas.

"Ao longo da construção da CUT, nós estivemos presentes em momentos históricos de defesa da democracia, da soberania e dos direitos das categorias que formam a central. Temos feito um excelente trabalho, mesmo com desafios que se tornam cada vez mais complexos, como a digitalização do trabalho e os desafios geopolíticos que estão colocados", afirmou Neiva Ribeiro durante a abertura da plenária.

Neiva Ribeiro e dirigentes sindicais durante 17ª Plenária Nacional da CUT

Política e trabalho em pauta

No primeiro dia de plenária, o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, e o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, abriram os debates com uma análise sobre a conjuntura política, a soberania nacional e o mundo do trabalho. Em sua fala, Dirceu destacou o fortalecimento do nacionalismo em meio à classe trabalhadora após o tarifaço de Donald Trump.

"Quando o Trump pratica uma agressão política contra o nosso país, com o ataque ao Supremo Tribunal Federal e ao congresso para conseguir uma anistia e livrar Jair Bolsonaro, foi produzido um fenômeno: uma grande parcela das classes médias brasileiras e da classe trabalhadora tomou consciência novamente da importância da soberania nacional, retomando o sentimento nacionalista", afirmou.

Na visão do ex-ministro, uma nova conjuntura foi iniciada, abrindo a oportunidades para que a extrema direita seja derrotada. "Quando os bolsonaristas colocaram uma bandeira estadunidense na Av. Paulista e quando Eduardo Bolsonaro foi para os EUA, eles assinaram a sentença de uma conjuntura política que se voltou contra eles."

Sérgio Nobre discursou em seguida conclamando o movimento sindical a exercer o protagonismo cobrado pela sociedade: "As pessoas entendem a importância do movimento sindical e querem ter sindicato. Mas não um sindicato imobilizado, um sindicato de cartório, que não está presente. As pessoas querem um sindicato presente e o sindicalismo que mais pratica o que os trabalhadores desejam é o cutista. Então temos uma enorme oportunidade para crescermos, precisamos organizar uma grande campanha de sindicalização e de valorização do movimento sindical."

Também foi apresentado o resultado da pesquisa “O Trabalho no Brasil”, promovida pelo Vox Populi, Fundação Perseu Abramo e DIEESE. O estudo ouviu 3.850 trabalhadores e traz dados sobre as transformações no mercado laboral. Os resultados da pesquisa serão divulgados publicamente pelos seus organizadores nas próximas semanas.

O evento foi encerrado durante a noite, com a abertura política oficial e uma homenagem a João Batista Gomes (Joãozinho), histórico dirigente da CUT que faleceu em abril deste ano.

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