Fim das portas giratórias coloca em risco bancários e clientes

São Paulo, 24 de novembro - A lei do vereador Dalton Silvano (PSDB) aprovada ontem (23) na Câmara Municipal de São Paulo, que proíbe os bancos da cidade de utilizar portas giratórias com detector de metais, coloca em risco a vida de clientes e bancários. Apesar de não haver um levantamento oficial sobre isso, nas agências em que não há porta giratória, a incidência de assaltos à mão armada é sempre maior.

“Todos sabemos que a porta giratória causa transtornos aos clientes, mas é um incomodo com o qual precisamos conviver. Acabar com elas é a pior opção possível”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. Ele lembra que a porta giratória com detector de metais é uma conquista dos trabalhadores bancários que sofrem com a violência e a insegurança nos bancos.

Marcolino ressalta, ainda, a falta de harmonia entre as decisões tomadas pelos vereadores governistas e o prefeito José Serra. “O prefeito acaba de decidir que os bancos devem instalar guarda-volumes para acabar com o constrangimento das pessoas ao passar pelo detector de metais e agora vem um vereador da base governista com uma idéia absurda dessas, que pode parecer muito simpática à primeira vista, mas que vai beneficiar é o assaltante”, completa o dirigente.

O presidente do Sindicato dos Bancários lembra, ainda, da lei das filas. “É fácil ficar fazendo projeto de lei, mas descolados da realidade da população e da sociedade esses projetos acabam sendo de difícil aplicação. A lei das filas, por exemplo, pode parecer boa se só for vista do ponto de vista dos clientes, mas sem obrigar os bancos a contratar mais trabalhadores, ela está penalizando os bancários.”

O Sindicato vai encaminhar pedido de audiência à Câmara dos Vereadores e ao prefeito José Serra para solicitar o veto da lei.

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