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Santander unifica bandeira com Banespa e bancários estão preocupados com demissões

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São Paulo, 18 de novembro - Nesta sexta e sábado os funcionários do Grupo Santander Banespa reúnem-se em Congresso Nacional para debater estratégias que visam à manutenção e extensão para todos os empregados da empresa da cláusula de garantia de emprego – que vence em 30 de novembro – e que vale para os bancários do extinto banco estatal. Os trabalhadores também vão tratar da unificação dos contratos de trabalho de banespianos e empregados do Santander Meridional e Santander Brasil e o pagamento da participação nos lucros e resultados com base no balanço consolidado do grupo.

Toda essa discussão acontece justamente quando o banco anunciou, por meio da imprensa, a unificação das bandeiras Santander e Banespa. De acordo com o banco, a marca Banespa será mantida por demonstrar “tradição e credibilidade”.

“A credibilidade da marca Banespa vem do trabalho construído por seus funcionários ao longo da história do banco”, afirma a banespiana e diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Rita Berlofa. “Mas o banco não leva isso em conta e vem, desde a privatização no ano 2000, investindo contra o emprego dos bancários.”

O grupo tinha, até janeiro deste ano, em todo o Brasil, 21.218 bancários: 16.197 do Banespa e 5.021 ligados ao Santander. Em 2000, ano da privatização, o Banespa tinha 22.235 funcionários. Em 2001 esse número já havia caído drasticamente para 14.723. “O banco colocou em prática programas de demissão e pressionou os trabalhadores a aderir. O Sindicato conseguiu, ao longo dos últimos anos, fazer acordos que garantiram o emprego e, com isso, protegeu o direito à aposentadoria de muitos banespianos”, conta Rita Berlofa. “Esse acordo acaba em novembro e no banco corre o boato de que devem acontecer cerca de 2 mil demissões. Muitos desses trabalhadores estão no período de pré-aposentadoria e vão ficar excluídos do mercado de trabalho. O Grupo Santander não precisa disso: se auto-proclama um dos maiores bancos do mundo e tem seus melhores resultados na América Latina. Não podemos admitir que um banco venha para o Brasil só lucrar e agravar a crise deixando mais brasileiros expostos ao
desemprego”, completa a dirigente.

A unificação das bandeiras também preocupa. “Em todas as fusões, no longo prazo, os bancos acabam demitindo. Somente no segundo semestre de 2004, o Santander fechou 14 agências”, conta Rita.

SERVIÇO
19º Congresso dos Funcionários do Grupo Santander Banespa
Abertura na sexta-feira, dia 18, a partir das 19h, e sábado, dia 19, a partir das 9h.

Local:  Quadra dos Bancários (Rua Tabatingüera, 192, Sé).
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