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Toda essa discussão acontece justamente quando o banco anunciou, por meio da imprensa, a unificação das bandeiras Santander e Banespa. De acordo com o banco, a marca Banespa será mantida por demonstrar “tradição e credibilidade”.
“A credibilidade da marca Banespa vem do trabalho construído por seus funcionários ao longo da história do banco”, afirma a banespiana e diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Rita Berlofa. “Mas o banco não leva isso em conta e vem, desde a privatização no ano 2000, investindo contra o emprego dos bancários.”
O grupo tinha, até janeiro deste ano, em todo o Brasil, 21.218 bancários: 16.197 do Banespa e 5.021 ligados ao Santander. Em 2000, ano da privatização, o Banespa tinha 22.235 funcionários. Em 2001 esse número já havia caído drasticamente para 14.723. “O banco colocou em prática programas de demissão e pressionou os trabalhadores a aderir. O Sindicato conseguiu, ao longo dos últimos anos, fazer acordos que garantiram o emprego e, com isso, protegeu o direito à aposentadoria de muitos banespianos”, conta Rita Berlofa. “Esse acordo acaba em novembro e no banco corre o boato de que devem acontecer cerca de 2 mil demissões. Muitos desses trabalhadores estão no período de pré-aposentadoria e vão ficar excluídos do mercado de trabalho. O Grupo Santander não precisa disso: se auto-proclama um dos maiores bancos do mundo e tem seus melhores resultados na América Latina. Não podemos admitir que um banco venha para o Brasil só lucrar e agravar a crise deixando mais brasileiros expostos ao
desemprego”, completa a dirigente.
A unificação das bandeiras também preocupa. “Em todas as fusões, no longo prazo, os bancos acabam demitindo. Somente no segundo semestre de 2004, o Santander fechou 14 agências”, conta Rita.
SERVIÇO
19º Congresso dos Funcionários do Grupo Santander Banespa
Abertura na sexta-feira, dia 18, a partir das 19h, e sábado, dia 19, a partir das 9h.
Local: Quadra dos Bancários (Rua Tabatingüera, 192, Sé).