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Protesto, cultura e raça colorem as ruas do centro São Paulo

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A luta contra o preconceito e a busca por posições igualitárias na sociedade e no mercado de trabalho foram temas do cortejo realizado pelas ruas de São Paulo, nesta sexta-feira 19. Em comemoração ao Dia da Consciência Negra os manifestantes seguiram em companhia do grupo Filhos de Mãe Preta (percussão e balé afro) e das Tias Baianas Paulistas. A cantora Adriana Moreira embalou os participantes entoando cânticos em homenagem aos orixás.

A data é comemorada oficialmente no dia 20 de novembro em memória à morte de Zumbi dos Palmares. Neste ano o cortejo organizado pelo Sindicato partiu da sede da entidade (Rua São Bento, 413) e seguiu até o Largo do Paissandu, onde fez uma parada para receber a benção do padre Jean Nascimento da Irmandade Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Em 2011 a igreja comemora 300 anos desde sua primeira construção, feita por abolicionistas, brancos e negros. Os personagens que representavam os orixás também fizeram uma saudação aos presentes, com danças, música e percussão. O sincretismo religioso esteve presente em toda a manifestação e é mais uma prova de que as diferenças devem ser respeitadas.
Para Julio César Silva, diretor do Sindicato e ativista do movimento, é preciso intensificar nossas ações contra discriminação todos os dias. “Temos que lutar por um mundo sem discriminação sempre. As políticas afirmativas são um importante instrumento para isso”, afirma.

No ato, os bancários e a população também homenagearam João Cândido, o líder da Revolta da Chibata (1910), na qual marinheiros negros se rebelaram contra os castigos físicos na Marinha Brasileira, e o fundador da escola de samba Nenê de Vila Matilde, Alberto Alves da Silva, o Seu Nenê, morto aos 89 anos no último dia 4 de outubro.

 

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