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Bancários organizam cortejo afro na quinta 17

Linha fina
A 11ª edição do evento homenageia Oxum, Ivone Lara e Luiza Mahin
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Para marcar o mês da consciência negra, os bancários saem em cortejo pelas ruas do centro velho de São Paulo, na quinta-feira 17, a partir das 12h, acompanhados pela ala de atabaques da Tom Maior, composta por bailarinos e percussionistas, além do cantor da escola de samba René Sobral. A concentração será em frente ao Edifício Martinelli, sede do Sindicato (Rua São Bento, 413) de onde o cortejo seguirá para a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Largo do Paissandu, para a tradicional missa afro.

No evento, serão lembradas personalidades como Oxum (Orixá que rege o ano de 2011, representa a riqueza, a fartura e as águas dos rios), a sambista Dona Ivone Lara, que será tema de enredo da Escola de Samba Império Serrano, e a personagem Luiza Mahin, que foi uma das líderes da Revolta dos Malês, contra a escravidão e a intolerância religiosa, há mais de 170 anos.

Essa será a 11ª edição do cortejo pelo Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro, em memória à morte de Zumbi dos Palmares, símbolo de resistência e luta contra a escravidão.

Negros no mercado de trabalho - O total de trabalhadores negros na População Economicamente Ativa (PEA) é de 35,7%. No setor bancário, eles ocupam 19% das vagas, segundo o Mapa da Diversidade, elaborado em 2009 pela Febraban a pedido dos sindicatos e federações de bancários.

A luta contra o preconceito é uma das principais bandeiras do Sindicato. “Precisamos intensificar nossa luta diariamente, potencializar as ações que visam romper com a discriminação no Brasil e inverter essa realidade de exclusão da população negra no mercado de trabalho” afirma Juvandia Moreira, presidenta da entidade.

A pesquisa ainda aponta que o preconceito vai além do acesso ao emprego, negros com o mesmo grau de instrução de brancos recebem salários 35,8% menores. A população negra também é discriminada para ascender profissionalmente, uma vez que 91,6% dos postos de diretoria e superintendência são ocupados por brancos.

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