São Paulo – Será que a tecnologia é sempre a melhor opção para um tratamento clínico? A quantidade de máquinas à disposição da medicina mais ajuda ou atrapalha na relação médico paciente? Essas e outras questões serão abordadas na VII Conferência de Saúde Cassi SP, que ocorre na quinta-feira 21.
Intitulada “Tecnologia Promove Saúde?”, o simpósio discutirá quanto os tratamentos médicos custam para a Cassi (Caixa de Assistência) e para os trabalhadores – já que eles também sustentam o plano –, a eficiência da medicina baseada na tecnologia e se esta é sempre a melhor alternativa.
O conselheiro da Cassi Cláudio Rocha explica que será uma oportunidade de discutir a otimização dos exames clínicos, bem como dos tratamentos médicos. “Muitas vezes o segurado procura a rede de credenciados da Cassi e o médico, de cara, solicita uma ultrassonografia, quando procedimento mais simples resolveria a situação, racionalizando o uso dos recursos financeiros da entidade”, exemplifica.
A conferência, segundo Claudio, também abordará a sustentabilidade do convênio e como é possível utilizar melhor os recursos da Cassi. “Os planos de saúde no geral se encontram em uma situação econômica difícil, os custos com os equipamentos são muito altos e as receitas fixas, baseadas nos salários”, diz.
Saúde familiar – O dirigente sindical explica que a Caixa possui filosofia voltada para a prevenção do adoecimento. “Uma equipe médica faz um atendimento prévio para orientar qual o tratamento mais adequado. Eles orientam o paciente da mesma forma que os antigos médicos da família faziam”, acrescenta.
Programas de saúde da família são priorizados em diversos países desenvolvidos como Suécia, França, Bélgica e Canadá. No Brasil esse tipo de medicina está ganhando força e mostrando resultados. De acordo com o Ministério da Saúde, o programa Saúde da Família do SUS foi responsável pela reduçãoem 25% nos últimos cinco anos, das internações hospitalares causadas por diabetes e AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Conselheiros – Durante a conferência serão eleitos conselheiros para o mandato 2013-2015, cuja função é levar as demandas e reclamações dos funcionários ativos e aposentados para a Cassi, tanto no Estado como em Brasília.
Rodolfo Wrolli – 18/11/2013
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Saúde financeira do convênio e formas de otimizar tratamentos e diagnósticos serão abordados no encontro
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