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Desrespeito da gerência regional do Itaú na norte

Linha fina
Sindicato impede reunião que cobraria metas abusivas de gerentes; banco tenta driblar dirigentes e remarcar, sem sucesso, novo encontro
Imagem Destaque

São Paulo – No dia de relançamento da campanha de valorização dos funcionários do Itaú, “Esse cara sou eu!”, bancários da zona norte também enfrentaram problemas, mas puderam contar com a atuação do Sindicato. Um protesto foi realizado em agência da Avenida Guilherme Cothing, na zona norte de São Paulo, contra a exposição de trabalhadores que não atingiram as metas.

> Relançada campanha por valorização

Gerentes Uniclass de outras unidades foram convocados para uma reunião na agência. “Eles precisam entregar 400 pontos do Agir na primeira semana, chegar aos 750 na segunda semana, a 1.100 na terceira e 1.400 no mês. A regra do Agir é que o gerente chegue a 1.000 pontos. Ou seja, a meta estipulada pela regional é abusiva. Nossa ação é preventiva para que casos como esse não se tornem assédio moral”, explicou a diretora do Sindicato Márcia Basqueira.

Para a dirigente, o problema da reunião é que todos os funcionários estavam sabendo que os convocados eram gerentes com baixo desempenho, segundo os parâmetros da gestão. “Durante visita a agências da Barra Funda constatamos a mesma prática. Não vamos permitir que gerentes tenham de enfrentar humilhações como esta e nem que esse tipo de ação seja institucionalizada pelo Itaú. Exigimos sigilo dos rankings e também da performance de cada gerente. Essas reuniões devem ser privadas e sem abusos”, concluiu a dirigente.

O encontro para cobrar os bancários foi cancelado. No entanto, logo após o almoço, em visita a outra agência, desta vez na Vila Guilherme, a dirigente sindical flagrou a organização do mesmo encontro, no outro endereço. “Mais uma vez, chegamos antes e conseguimos cancelar a entrada dos gerentes convocados para a reunião”, conta Márcia. A unidade também está fechada.

“O Sindicato confiou no cancelamento da reunião. Mas estamos sempre ao lado do trabalhador, de olho no comportamento da gestão. Isso é uma afronta ao movimento sindical. O gerente regional não levou em conta o caráter negocial entre o banco e o Sindicato e apenas alterou o local da prática condenada por nós, de cobrança abusiva”, conclui a dirigente.

Muitos clientes, poucos caixas - Diante de tantas demissões, bancários enfrentam um verdadeiro caos com a falta de funcionários em todas as regiões. Situação difícil também para clientes. Um exemplo é mais uma agência fechada nesta terça na zona norte. A dirigente Márcia Basqueira flagrou a unidade da Avenida Joaquina Ramalho aberta com apenas um caixa atendendo a fila normal e a preferencial ao mesmo tempo. A agência foi fechada e a gerência regional foi comunicada sobre o problema.


Gisele Coutinho – 19/11/2013

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