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Sindicato quer debater reabilitação profissional

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Movimento sindical reivindica participação em debate sobre acordo de cooperação, em discussão apenas entre INSS e federação dos bancos
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São Paulo – Desde fevereiro o movimento sindical tenta interferir no processo de discussão sobre reabilitação profissional instalado pelo governo com participação da federação dos bancos (Febraban) e representantes do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). O objetivo é proteger os direitos dos bancários e apresentar as dificuldades enfrentadas pelo adoecidos, uma vez que representantes dos trabalhadores não participam dos debates.

No dia 29 de outubro, a secretária de Saúde do Sindicato, Marta Soares, se reuniu com representantes do governo, juntamente com o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Walcir Previtale, e representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT). “Não passamos a fazer parte do grupo, mas debatemos sobre a importância da participação de representantes dos trabalhadores na assinatura do Acordo de Cooperação entre a Febraban e o INSS sobre reabilitação”, explica a dirigente.

Para Marta, é necessário que qualquer acordo que envolva reabilitação de bancários afastados por problemas de saúde seja feito de maneira democrática, com a participação de todas as partes interessadas.

Um documento com o posicionamento da Contraf-CUT foi entregue no mesmo dia, em Brasília, aos cuidados do presidente do INSS, Lindolfo Neto de Oliveira Sales, e do diretor de Saúde do Trabalhador do INSS, Sergio Antonio Martins Carneiro. A carta solicita a participação dos representantes dos trabalhadores no processo de formalização de qualquer termo que envolva direitos humanos dos bancários em reabilitação.

Números alarmantes – A categoria bancária registra um alto número de adoecidos e, na maioria dos casos, as doenças estão relacionadas a problemas no setor financeiro. Em 2012, foram 21.144 afastamentos, 25,7% deles por estresse, depressão, síndrome de pânico e transtornos mentais relacionados diretamente ao trabalho. Outros 27% se afastaram em razão de lesões por esforços repetitivos (LER/Dort) ligados ao ritmo estressante na rotina dos bancos. Somente nos primeiros três meses deste ano, 4.387 bancários já haviam sido afastados por adoecimento, sendo 25,8% por transtornos mentais e 25,4% por LER/Dort.

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Redação - 4/11/2013

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