São Paulo – Os bancos nunca cobraram tanto neste século para conceder crédito aos consumidores via cheque especial. A taxa medida pelo Banco Central foi a 187,8% ao ano em outubro, 4,5 pontos percentuais maior do que os 183,3% ao ano de setembro. Retrocedendo no tempo, ambos só não superam os 193,7%, sempre ao ano, de abril de 1999.
Para efeitos de comparação, a Selic, taxa básica referencial do país, flutuou entre 32% e 39% ao ano em abril de 1999. Em outubro desde ano era de 11,25%.
No crédito pessoal os bancos também subiram as taxas, de 44,3% a.a. em setembro para 45,9% a.a. em outubro. Se for descontado o consignado, o valor vai a 103,6% a.a., também maior que o registro anterior (96,3% a.a.). Nos dois casos, são as maiores taxas desde, pelo menos, dezembro de 2012.
No consignado, ficou em 25,5% a.a., levemente menor do que setembro (25,9% a.a.).
Em doze meses, todas subiram. O cheque especial está 43,3 pontos percentuais maior; O crédito pessoal não consignado, 15,6 p.p., e o consignado, 0,9 p.p.
Famílias e empresas – Para as famílias (pessoas físicas), a média de outubro subiu para 44% ao ano, o maior desde março de 2011. Para empresas (pessoas jurídicas), foi elevado para 23,4%, também ao ano. No primeiro, o aumento em 12 meses é de 5,5 p.p. e, no segundo, é de 2,6 p.p.
Redação – 26/11/2014
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Valor registrado em outubro pelo BC supera o de setembro, recordista até então, e vai a 187,8% ao ano
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