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Centrais sindicais debatem combate à crise

Linha fina
Reunião na segunda-feira vai contar com assessoria do Dieese na discussão de propostas para destravar investimentos e garantir criação de empregos
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São Paulo – Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de outras centrais sindicais vão se reunir, juntamente com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), para debater propostas e calendário de ações conjuntas no combate à crise. O intuito do movimento sindical é de destravar investimentos e garantir a criação de empregos.

A reunião será realizada na segunda-feira 9, na sede do Escritório Nacional do Dieese, no Centro de São Paulo.

O coordenador de relações sindicais do Dieese, José Silvestre, em entrevista à Rádio Brasil Atual, na sexta-feira 6, elogia a iniciativa da reunião e espera que a elaboração de propostas alternativas também sirva para abrir o diálogo com o governo e representantes dos setores mais atingidos – petróleo e gás, indústria naval e da construção civil –, na busca de soluções para o enfrentamento da crise.

> Áudio: ouça entrevista na Rádio Brasil Atual

Silvestre demonstra especial preocupação com a Petrobras que, segundo ele, desde o início da Operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção na estatal, sofre com o travamento de crédito e a suspensão de negócios, que impactam diretamente na perda de postos de trabalho na cadeia produtiva do petróleo e gás.

Estudo conduzido pela Fundação Getúlio Vargas projeta um impacto de 2,5% do PIB em decorrência da Lava Jato, com a eliminação de um milhão de empregos: parte como consequência da redução dos investimentos na Petrobrás, que é da ordem de 37%, e parte pela retração das empresas líderes do setor de construção civil, estimada em 30%. Apenas na construção, segundo a FGV, deve ocorrer redução de 192 mil empregos e R$ 1,7 bilhão em salários.

Silvestre lembra que o funcionamento da Petrobras, maior empresa do país, é vital para o desenvolvimento da economia brasileira, e diz que o desafio é separar a apuração dos maus feitos dos demais negócios da empresa. “A Petrobras representa muito, em torno de 12% do PIB, tem um volume de investimentos que é significativo. Portanto, me parece uma decisão extremamente acertada, das centrais, em se reunir para procurar alternativas.”


Redação com informações da Rede Brasil Atual e da CUT – 6/11/2015
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