Pular para o conteúdo principal

Centrais têm agenda por retomada do crescimento

Linha fina
Movimento sindical defende solução rápida para viabilidade das empresas envolvidas na Lava-Jato, mas sem impedir que os responsáveis pelos desvios sejam punidos
Imagem Destaque
São Paulo – Representantes da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB e da FUP (Federação Única dos Petroleiros) apresentaram uma agenda conjunta para formulação e aprovação de propostas com objetivo de destravar setores que foram envolvidos na operação Lava-Jato, mas que ao mesmo tempo são essenciais para a economia brasileira como a construção civil, indústria naval, petróleo e gás.

Durante plenária realizada na segunda-feira 9, no escritório nacional do Dieese, localizado na capital paulista, as centrais definiram para o dia 3 de dezembro um encontro com empresários, acadêmicos e governo a fim de debater propostas que visam a retomada do crescimento e a manutenção dos empregos em setores estratégicos.

“É fundamental que 2016 seja um ano muito diferente de 2015. É importante que o país retome o caminho do crescimento econômico com manutenção e ampliação dos empregos. Isso não será possível se a gente não conseguir recuperar a produção nos setores da construção civil, petróleo e gás, que foi inviabilizada com a Lava-Jato. É muito importante punir e coibir a corrupção,  mas em nome dessa apuração não se pode prejudicar os empregos e a viabilidade das empresas”, afirmou Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT.

Já no dia 8 de dezembro, as centrais vão realizar um movimento de mobilização em todo o Brasil, com destaque especial para o Rio de Janeiro, com o intuito de apresentar para a sociedade as propostas discutidas e aprovadas na reunião do dia 3. Na sequência, no dia 9 do mesmo mês, será entregue um documento ao governo federal e outras instituições do poder público, como o Congresso, Supremo Tribunal Federal e Controladoria Geral da União, relacionando ações que facilitem a retomada da produção e, por consequência, o crescimento da economia e do nível de emprego.

“Existe um estudo recente da Fundação Getúlio Vargas que mostra que só a Petrobras, junto com empreiteiras que estão no seu entorno, representam 2% do PIB. A projeção é que no próximo ano ainda teremos um PIB negativo de 1%. Se estas empresas não estivessem paralisadas, teríamos um PIB positivo de 1%. Esperamos que, em janeiro de 2016, iniciemos o ano com esta situação resolvida, com os responsáveis punidos, mas também com as empresas produzindo e gerando empregos”, finalizou o secretário-geral da CUT.  


Felipe Rousselet – 9/11/2015
seja socio