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Mulheres receberam menos que homem em 2014

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Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios mostra, ainda, maior exploração de mão de obra infantil
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Rio de Janeiro - As mulheres receberam, em média, 74,5% do rendimento dos homens no ano passado. A constatação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgada na sexta 13 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano anterior, a proporção atingia 73,5%.

A pesquisa mostra, ainda, que a exploração de mão de obra infantil cresceu 4,5% em 2014.

O rendimento médio mensal real, ou seja, descontada a inflação, alcançou R$ 1.987 entre os homens no ano passado, enquanto o das mulheres foi R$ 1.480. Na faixa de 15 anos ou mais de idade, entre a população em geral, o rendimento médio mensal ficou em torno de R$ 1.774, superando em 0,8% a média do rendimento apurado em 2013, que foi R$ 1.760. Já o rendimento médio mensal real domiciliar per capita cresceu 2,4%, subindo de R$ 1.217 para R$ 1.246.

Sobre a proporção entre pessoas ocupadas e população em idade ativa, houve aumento de 51,2% entre as mulheres e 73,7% entre os homens.

Trabalho infantil - Segundo a Pnad, em 2013, havia 3,188 milhões de crianças e adolescentes na faixa de 5 a 17 anos de idade trabalhando, e o contingente subiu para 3,331 milhões em 2014. Os meninos representam dois terços do total.

Na faixa dos 5 a 13 anos, em que a lei proíbe o trabalho, foi registrada a maior expansão: 15,5% para dos 5 aos 9 anos, e 8,5%, dos 10 aos 13 anos. O aumento entre adolescentes de 14 e 15 anos foi de 5,6% e, entre 16 e 17 anos, 2,7%.

Dos 3,3 milhões de ocupados entre 5 e 17 anos no paíss, 16,6% eram situação de trabalho infantil. Nas regiões Norte e Nordeste, essa taxa subiu para 27,5% e 22,4%, respectivamente.

Quase 100 milhões - Em 2014, o Brasil tinha 98,6 milhões de pessoas ocupadas, aumento de 2,9% em comparação com 2013, enquanto a população em idade ativa evoluiu 1,7% no período. A proporção de pessoas ocupadas entre a população em idade ativa foi de 61,9% no ano passado, aumento de 61,2% em relação a 2013.

A participação dos empregados com carteira de trabalho assinada, 60,5 milhões de pessoas, diminuiu um ponto percentual, tendo alcançado 61,3% em 2014. Já os trabalhadores por conta própria evoluíram para 21,4%, totalizando 21,1 milhões de pessoas.

O contingente de desocupados também aumentou em 2014. Eram 7,3 milhões, 9,3% a mais que em 2013. A taxa ficou em 6,9% contra 6,5% em 2013.

O maior aumento do desemprego foi no Sudeste,  - 15,8% no número de pessoas desocupadas. Mais da metade, ou o correspondente a 56,7% dos desocupados, eram mulheres, e 28,3% do total de desocupados nunca tinham trabalhado.


Alana Gandra, da da Agência Brasil, com edição da Redação - 13/10/2015
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