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São Paulo - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e os seus sindicatos filiados realizaram nesta segunda-feira 9, a primeira rodada de negociação com a Petrobrás sobre a Pauta pelo Brasil. A empresa ignorou por quatro meses as propostas da categoria, empurrando os petroleiros para o confronto.
Foi preciso uma greve histórica, para que a Petrobrás reconhecesse a Pauta pelo Brasil, cujas reivindicações não são por salários, mas em defesa da soberania nacional e para que a empresa volte a ser a indutora do desenvolvimento do país, preservando empregos, condições seguras de trabalho e a as conquistas sociais do povo brasileiro.
A orientação, portanto, é que a greve iniciada no dia primeiro de novembro prossiga forte em todo o país para que a FUP e os seus sindicatos continuem pressionando a empresa a avançar no processo de negociação.
Na reunião desta segunda, os petroleiros reiteraram que o momento difícil que a Petrobrás atravessa precisa ser enfrentado com iniciativas novas e não com receitas velhas, pois medidas de redução de investimentos e de ajuste fiscal nunca deram certo em lugar nenhum do mundo. "Quem sempre acaba pagando a conta é o trabalhador e isso nós não vamos permitir", afirmou o coordenador da FUP, José Maria Rangel.
A Gerência de RH da Petrobrás sugeriu encaminhar para um grupo de trabalho paritário as propostas apresentadas pela FUP. Para os petroleiros, é fundamental dimensionar os impactos que a redução dos investimentos da empresa causa no PIB, na geração de empregos, na balança comercial do setor e na arrecadação de royalties. O Grupo de Economia da Energia da UFRJ, por exemplo, aponta que o Brasil deixará de criar 20 milhões de empregos até 2019, se os cortes nos investimentos da empresa forem mantidos. A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda prevê uma redução de 2% no PIB deste ano, em função da retração dos investimentos na cadeia produtiva do setor petróleo.
Outro ponto da Pauta pelo Brasil que foi discutido com a Petrobrás é a implementação de uma nova política de saúde e segurança. Só este ano, já são 20 trabalhadores mortos em acidentes de trabalho na empresa. A FUP também cobrou a reposição dos postos de trabalho extintos pelo PIDV, bem como a recomposição dos efetivos mínimos. Além disso, a Federação reafirmou que os trabalhadores não aceitarão redução de direitos.
A greve nas bases da FUP - Na área de Exploração e Produção de petróleo, a greve já atinge 49 unidades marítimas da Bacia de Campos, 06 plataformas no Ceará, 03 plataformas no Espírito Santo, além dos campos de produção terrestre na Bahia, no Rio Grande do Norte e no Espírito Santo.
Nas bases da FUP, 11 refinarias estão sem troca de turno: Reman (AM), Clara Camarão (RN), Lubnor (CE), Abreu e Lima (PE), Rlam (BA), Reduc (Duque de Caxias), Regap (MG), Replan (SP), Recap (SP), Repar (PR) e Refap (RS). Os trabalhadores da Clara Camarão, no Polo de Guamaré, no Rio Grande do Norte, pararam a refinaria e entregaram as unidades.
Também estão parados os trabalhadores da SIX, Superintendência de Industrialização de Xisto (PR), e das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) do Paraná e da Bahia.
Na Transpetro, a greve se estende por todos os terminais do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul, da Bahia, do Espírito Santo, do Amazonas, do Ceará, de Pernambuco, de Campos Elíseos e de Cabiúnas (no estado do Rio de Janeiro), além de Guararema, Barueri, Guarulhos e São Caetano do Sul (estes no estado de São Paulo).
Também estão na greve os trabalhadores das unidades de tratamento e processamento de gás natural (UPGNs e UTGCs) do Espírito Santo, do Rio Grande do Norte e do Ceará.
Nas termelétricas, a greve atinge as unidades de Duque de Caxias, do Ceará, de Minas Gerais, do Mato Grosso do Sul, do Rio Grande do Sul, da Bahia e do Rio Grande do Norte.
Nas usinas de biodíesel, os trabalhadores também aderiram à greve em Minas Gerais, na Bahia e no Ceará.
Federação Única dos Petroleiros - 10/11/2015
Foi preciso uma greve histórica, para que a Petrobrás reconhecesse a Pauta pelo Brasil, cujas reivindicações não são por salários, mas em defesa da soberania nacional e para que a empresa volte a ser a indutora do desenvolvimento do país, preservando empregos, condições seguras de trabalho e a as conquistas sociais do povo brasileiro.
A orientação, portanto, é que a greve iniciada no dia primeiro de novembro prossiga forte em todo o país para que a FUP e os seus sindicatos continuem pressionando a empresa a avançar no processo de negociação.
Na reunião desta segunda, os petroleiros reiteraram que o momento difícil que a Petrobrás atravessa precisa ser enfrentado com iniciativas novas e não com receitas velhas, pois medidas de redução de investimentos e de ajuste fiscal nunca deram certo em lugar nenhum do mundo. "Quem sempre acaba pagando a conta é o trabalhador e isso nós não vamos permitir", afirmou o coordenador da FUP, José Maria Rangel.
A Gerência de RH da Petrobrás sugeriu encaminhar para um grupo de trabalho paritário as propostas apresentadas pela FUP. Para os petroleiros, é fundamental dimensionar os impactos que a redução dos investimentos da empresa causa no PIB, na geração de empregos, na balança comercial do setor e na arrecadação de royalties. O Grupo de Economia da Energia da UFRJ, por exemplo, aponta que o Brasil deixará de criar 20 milhões de empregos até 2019, se os cortes nos investimentos da empresa forem mantidos. A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda prevê uma redução de 2% no PIB deste ano, em função da retração dos investimentos na cadeia produtiva do setor petróleo.
Outro ponto da Pauta pelo Brasil que foi discutido com a Petrobrás é a implementação de uma nova política de saúde e segurança. Só este ano, já são 20 trabalhadores mortos em acidentes de trabalho na empresa. A FUP também cobrou a reposição dos postos de trabalho extintos pelo PIDV, bem como a recomposição dos efetivos mínimos. Além disso, a Federação reafirmou que os trabalhadores não aceitarão redução de direitos.
A greve nas bases da FUP - Na área de Exploração e Produção de petróleo, a greve já atinge 49 unidades marítimas da Bacia de Campos, 06 plataformas no Ceará, 03 plataformas no Espírito Santo, além dos campos de produção terrestre na Bahia, no Rio Grande do Norte e no Espírito Santo.
Nas bases da FUP, 11 refinarias estão sem troca de turno: Reman (AM), Clara Camarão (RN), Lubnor (CE), Abreu e Lima (PE), Rlam (BA), Reduc (Duque de Caxias), Regap (MG), Replan (SP), Recap (SP), Repar (PR) e Refap (RS). Os trabalhadores da Clara Camarão, no Polo de Guamaré, no Rio Grande do Norte, pararam a refinaria e entregaram as unidades.
Também estão parados os trabalhadores da SIX, Superintendência de Industrialização de Xisto (PR), e das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) do Paraná e da Bahia.
Na Transpetro, a greve se estende por todos os terminais do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul, da Bahia, do Espírito Santo, do Amazonas, do Ceará, de Pernambuco, de Campos Elíseos e de Cabiúnas (no estado do Rio de Janeiro), além de Guararema, Barueri, Guarulhos e São Caetano do Sul (estes no estado de São Paulo).
Também estão na greve os trabalhadores das unidades de tratamento e processamento de gás natural (UPGNs e UTGCs) do Espírito Santo, do Rio Grande do Norte e do Ceará.
Nas termelétricas, a greve atinge as unidades de Duque de Caxias, do Ceará, de Minas Gerais, do Mato Grosso do Sul, do Rio Grande do Sul, da Bahia e do Rio Grande do Norte.
Nas usinas de biodíesel, os trabalhadores também aderiram à greve em Minas Gerais, na Bahia e no Ceará.
Federação Única dos Petroleiros - 10/11/2015