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Petroleiros: assembleias sobre suspensão de greve

Linha fina
Maioria dos sindicatos decide seguir indicação da federação de suspender o movimento e manter o estado de greve e assinatura do acordo coletivo
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São Paulo –  Após 13 dias de greve e a abertura junto à Petrobrás de um canal de negociação da Pauta pelo Brasil, conjunto de reivindicações alternativas ao plano de desinvestimento da empresa, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) orientou seus sindicatos a suspenderem as paralisações e adotarem estado de greve.

A mobilização garantiu a criação de um grupo de trabalho paritário que terá 60 dias para elaborar um relatório sobre a Pauta pelo Brasil a ser encaminhado à direção da companhia, ao Conselho de Administração e ao governo federal. A categoria também arrancou o compromisso de que nenhum direito dos trabalhadores fosse retirado, preservando as conquistas obtidas nos últimos 13 anos.

Além da criação do grupo de trabalho, foram acordados avanços no ACT da Fafen-PR, reposição da inflação, avanços no SMS e no benefício farmácia. Em relação aos dias parados, 50% serão compensados e outra metade descontada.

Aproveitando a crise mundial do setor de petróleo (com o barril valendo cerca de 1/3 do valor que era comercializado há menos de dois anos) e da própria Petrobrás, a direção chegou a propor um acordo extremamente rebaixado, com perdas de diversos direitos e mesa de negociação separada por empresa do Sistema. Os sindicatos não aceitarem, impuseram uma pauta politizada e aguardaram a manifestação da diretoria da Petrobrás por mais de 100 dias.

Na ausência de diálogo, a categoria partiu para a greve que obrigou a empresa a rever sua estratégia e avançar em diversos pontos.

A partir dessa sinalização, o Conselho Deliberativo da FUP indicou a aceitação da proposta, com suspensão da paralisação, mas manutenção do estado de greve, ou seja, se houver qualquer tentativa de retrocesso, os petroleiros cruzam os braços novamente.

Onde voltou - Cerca de 250 petroquímicos da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Araucária (PR) aprovaram por unanimidade os indicativos da FUP, suspenderam a greve. A assembleia foi realizada na sexta-feira 13. Os petroleiros gaúchos também optaram por seguir a recomendação da FUP.

Em assembleia realizada neste sábado 14, na porta da Reman, os petroleiros das bases do Sindipetro-AM aprovaram os indicativos da FUP. Os trabalhadores da refinaria e da Transpetro decidiram retornar ao trabalho na segunda-feira 16, junto com os terceirizados e do administrativo.

Em assembleias em Mossoró e Natal, concluídas na noite desta sexta-feira,  trabalhadores do Sistema Petrobras, lotados em unidades administrativas e operacionais situadas no Rio Grande do Norte, também decidiram acatar o indicativo da FUP e suspender o movimento de greve.

Em assembleia que durou quase cinco horas nesta sexta, os petroleiros da Bahia, após intensos debates, aprovaram o indicativo da FUP de suspensão do movimento e manutenção do estado de greve. Foram 123 votos a favor do indicativo, 65 contra e uma abstenção.

Greve em Caxias e no Espírito Santo - Depois de muito debate, os trabalhadores da Reduc, Tecam e da UTE-GLB aprovaram a continuidade da greve. Foram 94 votos a favor da suspensão da greve, 166 pela continuidade da paralisação e nenhuma abstenção. Uma nova assembleia aconteceria na segunda-feira 16, às 7h, no Arco da Reduc.

Reunidos na tarde desta sexta-feira 13, os petroleiros capixabas também decidiram manter a greve. Apenas a base de São Mateus aprovou a proposta da empresa.


Redação, com informações da CUT e da Rede Brasil Atual - 16/11/2015
(Atualizado às 12h35 de 17/11/2015)

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