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São Paulo - A transformação de todas as estatais – federais, estaduais e municipais – em sociedades anônimas e a alteração nos estatutos de empresas de economia mista são algumas das determinações do Projeto de Lei do Senado 555, de 2015, que está em regime de urgência e pode ser votado na terça-feira 1º de dezembro pelos senadores.
De acordo com o projeto, empresas como Caixa Federal, Correios, BNDES e outras 100% públicas teriam de se transformar em sociedades anônimas, com ações negociadas na bolsa. “Fazendo um paralelo, seria o que ocorre hoje, por exemplo, com a Sabesp, que teve seu papel público de atender a população prejudicado pela necessidade de dar lucro a investidores. Pelo projeto, todas as empresas públicas responsáveis pelo abastecimento de água ou que fornecem energia elétrica no país, por exemplo, teriam de seguir a mesma lógica”, destaca o diretor executivo do Sindicato Dionísio Reis.
“No caso da Caixa, além de passar a atender necessidades do mercado, o papel social estaria comprometido, pois o dispositivo retira da instituição a obrigatoriedade de disponibilizar programas como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida”, explica o dirigente, que é funcionário do banco. “Vai na contramão do que defendemos para a instituição, que precisa ser fortalecida para ajudar no desenvolvimento do país. Por isso não podemos permitir que o PLS 555 seja aprovado no Senado. Ele enfraquece as empresas públicas e representa a abertura de um novo ciclo de privatizações, que já mostrou ser danoso ao país e aos trabalhadores.”
>Trabalhadores querem retirada do PLS 555
Estratégia – No caso do Banco do Brasil, Petrobras e Eletrobras, que são economia mista, um dos prejuízos seria em relação às suas gestões. Essas empresas sofreriam alterações em seus estatutos, vetando, por exemplo, a participação de pessoas ligadas ao movimento sindical nos conselhos de administração. “Uma das grandes conquistas dos funcionários da Caixa, do BB e outras foi justamente ter um representante nessas instâncias para que fosse colocado o ponto de vista dos trabalhadores nas questões estratégicas. Impedir que um sindicalista, por exemplo, seja eleito, é inaceitável. Todas essas mudanças visam uma única coisa: diminuir ainda mais o controle social dessas instituições para favorecer o mercado e facilitar privatizações”, analisa Dionísio.
De acordo com estudo elaborado pela Fenae (Federação Nacional das Associações de Empregados da Caixa Federal), para se adequar às novas regras previstas pelo PLS 555 e alterar o formato de distribuição de suas ações, a Petrobras gastaria cerca de R$ 51 bilhões e a Eletrobras R$ 132 bilhões.
Reação – O PLS 555, chamado Estatuto das Estatais, nasceu da junção de duas iniciativas de senadores tucanos, o PLS 167, de Tasso Jereissati, e o PLS 343, de Aécio Neves.
Desde que passou a ser discutido, representantes dos bancários, petroleiros, urbanitários, funcionários dos Correios e outras categorias passaram a pressionar para que o projeto fosse barrado. “Ele está em caráter de urgência e pode entrar na votação a qualquer momento. Por isso é importante que os bancários e trabalhadores de outros setores entrem nessa luta, enviando mensagens aos senadores contra o PLS 555”, reforça Dionísio.
As mensagens podem ser enviadas acessando aqui.
Caso seja aprovado no Senado, o PLS irá a votação no plenário da Câmara dos Deputados. Isso porque já foi debatido em comissões mistas do Congresso Nacional.
Jair Rosa – 30/11/2015
De acordo com o projeto, empresas como Caixa Federal, Correios, BNDES e outras 100% públicas teriam de se transformar em sociedades anônimas, com ações negociadas na bolsa. “Fazendo um paralelo, seria o que ocorre hoje, por exemplo, com a Sabesp, que teve seu papel público de atender a população prejudicado pela necessidade de dar lucro a investidores. Pelo projeto, todas as empresas públicas responsáveis pelo abastecimento de água ou que fornecem energia elétrica no país, por exemplo, teriam de seguir a mesma lógica”, destaca o diretor executivo do Sindicato Dionísio Reis.
“No caso da Caixa, além de passar a atender necessidades do mercado, o papel social estaria comprometido, pois o dispositivo retira da instituição a obrigatoriedade de disponibilizar programas como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida”, explica o dirigente, que é funcionário do banco. “Vai na contramão do que defendemos para a instituição, que precisa ser fortalecida para ajudar no desenvolvimento do país. Por isso não podemos permitir que o PLS 555 seja aprovado no Senado. Ele enfraquece as empresas públicas e representa a abertura de um novo ciclo de privatizações, que já mostrou ser danoso ao país e aos trabalhadores.”
>Trabalhadores querem retirada do PLS 555
Estratégia – No caso do Banco do Brasil, Petrobras e Eletrobras, que são economia mista, um dos prejuízos seria em relação às suas gestões. Essas empresas sofreriam alterações em seus estatutos, vetando, por exemplo, a participação de pessoas ligadas ao movimento sindical nos conselhos de administração. “Uma das grandes conquistas dos funcionários da Caixa, do BB e outras foi justamente ter um representante nessas instâncias para que fosse colocado o ponto de vista dos trabalhadores nas questões estratégicas. Impedir que um sindicalista, por exemplo, seja eleito, é inaceitável. Todas essas mudanças visam uma única coisa: diminuir ainda mais o controle social dessas instituições para favorecer o mercado e facilitar privatizações”, analisa Dionísio.
De acordo com estudo elaborado pela Fenae (Federação Nacional das Associações de Empregados da Caixa Federal), para se adequar às novas regras previstas pelo PLS 555 e alterar o formato de distribuição de suas ações, a Petrobras gastaria cerca de R$ 51 bilhões e a Eletrobras R$ 132 bilhões.
Reação – O PLS 555, chamado Estatuto das Estatais, nasceu da junção de duas iniciativas de senadores tucanos, o PLS 167, de Tasso Jereissati, e o PLS 343, de Aécio Neves.
Desde que passou a ser discutido, representantes dos bancários, petroleiros, urbanitários, funcionários dos Correios e outras categorias passaram a pressionar para que o projeto fosse barrado. “Ele está em caráter de urgência e pode entrar na votação a qualquer momento. Por isso é importante que os bancários e trabalhadores de outros setores entrem nessa luta, enviando mensagens aos senadores contra o PLS 555”, reforça Dionísio.
As mensagens podem ser enviadas acessando aqui.
Caso seja aprovado no Senado, o PLS irá a votação no plenário da Câmara dos Deputados. Isso porque já foi debatido em comissões mistas do Congresso Nacional.
Jair Rosa – 30/11/2015