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Santander emite comunicado ameaçador

Linha fina
Banco intimida bancários que não aderirem à campanha que desestimula o uso do plástico nas suas dependências; funcionários devem denunciar ao Sindicato qualquer tipo de retaliação
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Montagem: Fabiana Tamashiro

O Santander está promovendo uma campanha que visa desestimular o uso do plástico pelos bancários dentro das dependências do banco. Um comunicado interno sobre a campanha foi divulgado. Contudo, o texto contém tom ameaçador. 

“(...) muitos ainda não entenderam que não se trata de algo opcional: o plástico de uso rápido está proibido em nossas instalações (...) A partir de agora, inclusive, o uso ou posse de utensílios plásticos descartáveis (...) será considerado falta grave...”, diz trecho da mensagem. 

Trabalhadores de centros administrativos e agências ficaram incomodados com o teor do comunicado, o que motivou o Sindicato a acionar o banco. Em resposta, o Santander contradisse a mensagem e garantiu que não haverá punição, advertência, demissão ou falta administrativa contra bancários que continuarem utilizando utensílios e embalagens de plástico. O banco também se comprometeu a promover outras campanhas positivas e de conscientização. 

Sindicalize-se e fortaleça a luta em defesa dos direitos dos bancários

“Considerando o histórico do Santander, é difícil confiar, porque o banco havia garantido que não haveria punição contra bancários que não tiraram CPA, mas não só houve como ainda estão ocorrendo demissões para muitos bancários que ainda não entregaram a certificação, mesmo muito deles tentando várias vezes e conseguindo pontuação pouco abaixo do mínimo necessário. O banco pode ser mais flexível com estes trabalhadores, pois seu lucro é crescente graças a todos esses trabalhadores”, afirma Welington Prado, diretor do Sindicato e bancários do Santander.  

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“O Sindicato apoia a campanha de depslastificação, mas o problema é o método, porque essa campanha pressupõe conscientização e envolvimento das pessoas, mas tudo no Santander resulta em punição, cobrança e em um ambiente hostil”, complementa o dirigente. 

Como exemplo ele cita a campanha Amigo de Valor, outro iniciativa do banco no sentido de ajudar a comunidade, mas que acabou se desvirtuando. “Em vários locais de trabalho virou meta, com penalizações para o coletivo para quem não ajudar com mais adesões. Os trabalhadores ficam indignados e quando participam é pela imposição, cobrança e retaliação”, critica.  

“Vamos acompanhar a campanha de desplastificação, para fiscalizar se haverá punições, se  será colocada em metas pessoais ou qualquer outra forma de pressão que possa prejudicar o bancário. Caso aconteça no seu local de trabalho, nos procure para que possamos intermediar a melhoria das boas ações”, orienta Welington. 

Denuncie

O Sindicato possui canal de denúncia contra assédio moral (CLIQUE AQUI). As denúncias também podem ser feitas diretamente a um dirigente, pela Central de Atendimento (11 4949-5998) ou pelo WhatsApp (11 97593-7749). O sigilo é absoluto.

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