Na última segunda feira 22, durante reunião do Grupo de Trabalho de Promoção por Mérito, a direção da Caixa apresentou uma proposta de promoção por mérito que possui como único critério a GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas), mantendo a chamada “curva forçada” e sem esclarecer se manteria ou não penalidade para quem participou da paralisação de 27 de Abril.
“A Caixa apresentou uma proposta excludente, que reduz a quantidade de empregados contemplados com delta, mantém a curva forçada, e ainda deixou em aberto a possibilidade para que a falta não justificada lançada em função da paralisação do dia 27 de abril seja considerada nos critérios para obtenção do delta”, diz o dirigente do Sindicato e empregado da Caixa André Sardão.
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De acordo com a proposta apresentada pela Caixa, por hora, apenas 62% dos empregados receberiam o primeiro delta e 5% o segundo.
A “curva forçada” prevê que, independentemente do desempenho, no mínimo 5% dos empregados serão classificados como “desempenho não atende”. Na outra ponta, foi imposto limite máximo de 5% dos empregados classificados como “desempenho excelente”. Ou seja, mesmo que o bancário bata ou até mesmo supere as metas impostas, ele pode não ser classificado como “desempenho excelente”. E, pior, mesmo que não tenha um desempenho ruim, pode estar entre os 5% classificados como “desempenho não atende”.
“A aplicação da GDP como regra significa a imposição da cobrança de metas também na promoção por mérito, o que deixamos claro para a direção do banco que vai contra o que pensamos. Também enfatizamos o problema de uma possível punição na promoção por mérito a quem exerceu o direito constitucional de greve. A Caixa ficou de dar um retorno sobre esta questão”, conclui André Sardão.
Uma nova reunião do Grupo de Trabalho de Promoção por Mérito será realizada na sexta-feira 26.