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Direção da Caixa quer usar GDP para promoção por mérito

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Arte composta pelo "X" do logo da Caixa de fundo, e a figura de um homem subindo um gráfico em barras

Em reunião com representantes dos trabalhadores, a direção da Caixa Econômica Federal recusou proposta apresentada anteriormente pelo movimento sindical e insiste em aplicar a Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) como único critério para promoção por mérito, apesar de inúmeras críticas à ferramenta.

A proposta apresentada pelos empregados consiste em que o primeiro delta de promoção por mérito seja distribuído, de forma linear, a todos os trabalhadores elegíveis por meio de critérios definidos.

“Não é possível definir critérios objetivos que possam ser aplicados ainda em 2022; por isso a representação dos empregados entende que a distribuição do primeiro delta de forma linear é a única forma justa de reconhecer o trabalho dos empregados que realizaram o pagamento colossal de programas e benefícios para a população, que sofreram com metas abusivas e adoecedoras e que trabalharam com empregados em número insuficiente; durante o ano de 2022.”

Luiza Hansen, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

A direção do banco apresentou contraproposta para que o pagamento dos “deltas” da promoção por mérito, referentes ao Plano de Cargos e Salários (PCS), seja feito considerando apenas o programa de GDP, mas não quer discutir a ferramenta de avaliação, mantendo critérios subjetivos, como o feedback do gestor

Promoção por mérito X GDP

A atual gestão do banco avalia que somente aqueles que atingirem a classificação de bom desempenho e desempenho de excelência na GDP receberiam os deltas, mas não querem discutir os critérios utilizados para a avaliação na ferramenta.

“A Caixa tinha um sistema que utilizava critérios de avaliação criados em conjunto com a representação dos empregados, mas criou a GDP, que permite a mudança dos critérios no meio do ciclo avaliatório”, ressalta Luiza. “O que observamos no dia a dia é que muitas vezes os objetivos da GDP são impostos pela gestão. Além disso, as metas mudam constantemente, os sistemas apresentam falhas e há pouco tempo para o cumprimento dos objetivos, prejudicando a avaliação do desempenho dos empregados”, observou a dirigente, ao ressaltar que os empregados não têm a liberdade de escolher os objetivos smart das metas.

Continuidade das negociações

A representação dos empregados no GT avalia que a proposta da Caixa não será aceita pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e pediu que o banco apresente os dados solicitados na reunião anterior, referentes aos impedimentos de recebimento da promoção e as formas de distribuição do segundo delta. Nesta terça-feira, os trabalhadores também pediram que o banco apresente uma estimativa de quantos empregados receberiam a promoção considerando a proposta apresentada pela Caixa. O banco, mais uma vez, ficou de analisar as solicitações.

A próxima reunião de negociações ainda não tem data marcada.

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