Os representantes eleitos na Funcef - pelo movimento "Juntos - A Funcef é dos Participantes" - denunciam que a representatividade dos participantes é alvo de sistemáticos ataques, de forma a reduzir o poder de interferir na gestão daqueles que são os donos, de fato, do patrimônio.
Segundo os eleitos, no atual processo decisório da Funcef, se contrapõem dois representantes eleitos pelos participantes e três indicados pelo governo. O que traz o risco de manipulação das decisões, de forma que não atendam as demandas dos participantes.
De acordo com Jair Ferreira, diretor de Benefícios, uma das ameaças colocadas, nesta correlação desigual de forças no processo decisório da Funcef, é a retirada de atribuições e áreas dos participantes na gestão.
“Isso se dá através da modificação das estruturas organizacionais e de cláusulas previdenciárias para retê-las sob controle único e centralizado. Podendo torná-las prejudiciais aos participantes e favorável à agenda da patrocinadora”, explica Jair.
Para os eleitos, é notório o uso de práticas antidemocráticas para omitir temas sensíveis, em votações em que já é conhecido o resultado, sem chance de desempate ou uso do "voto de qualidade", o que desgastaria os indicados.
"Os representantes dos participantes reiteram a defesa irrestrita da democracia e não deixarão de buscar, de forma firme e permanente, alternativas para que o debate democrático e a defesa dos direitos sejam, de fato, restituídos na Funcef", conclui Tamara Siqueira, dirigente do Sindicato e suplente no Conselho Fiscal da Funcef