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Chapéu
O Sindicato é feito de pessoas

Vera Marchioni: ‘O Sindicato é o espaço que me permite lutar pelas questões que farão diferença no mundo’

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Vera Marchioni cabelo curto e grisalho, vestido estampado em azul e cinza

“Já que virei bancária, eu quero me associar ao Sindicato. Aí me aproximei e vi que era um sindicato muito atuante e logo já começamos a organizar a greve, os trabalhadores no banco e criamos um jornal para dialogar com a base e estou aqui até hoje”. Esse é o início da entrevista com Vera Marchioni, diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Ela é a nossa personalidade da série O Sindicato é feito de pessoas.

Vera relembra que sua história como bancária começou em 1983, no extinto Banco Econômico - banco baiano que tinha sede em São Paulo. Mesmo achando que não tinha perfil para tal função, acabou sendo contratada e na sequência associou-se ao Sindicato dos Bancários de São Paulo por ser muito atuante.

Antes de fazer parte da diretoria do Sindicato, Vera destaca que passou a militar no Banespa, (1987 – 2000), que era um banco público, que tinha toda uma estrutura de representação dos trabalhadores que nenhum outro banco e era considerado algo arrojado para a época.

Marchioni relembra com pesar de toda a luta dos bancários contra a privatização do Banespa que começou em 1994, quando o governo de FHC decretou intervenção federal nos principais bancos estaduais e abriu as portas para a privatização. Ela comenta sobre o envolvimento em todo o estado, das articulações políticas e de como conseguiram retardar a venda por alguns anos.

Sobre a luta que durou 6 anos, Vera destaca as principais ações realizadas pelos bancários, sociedade e Sindicato além das medidas judiciais e políticas para tentar barrar a privatização.

Com a venda do Banespa para o Santander, Marchioni lembra do período conturbado de ajustes e de desconstrução dos laços que os trabalhadores ainda tinham com o Banespa, e de como conseguiram garantir estabilidade no emprego para que pudessem aposentar os bancários com mais tempo de casa.

Ainda sobre as conquistas dos bancários, Vera destaca que a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) faz toda diferença no salário e de realizações dos bancários e bancárias, e destaca também as licenças maternidade e paternidade para os bancários que servem de  referência para as demais categorias de trabalhadores no Brasil que criação mútua dos filhos.

Quer saber mais sobre o que Vera fala sobre a vida de dirigente sindical, da construção da família, das experiências?

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