A Câmara dos Deputados foi palco, na terça-feira (26), do lançamento da Frente Parlamentar Mista pelo Fortalecimento das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC). O ato reuniu mais de 200 pessoas, entre parlamentares, dirigentes de fundos de pensão, representantes de entidades e sociedade civil.
Bastante representativa, a audiência de lançamento foi marcada por discursos em defesa da governança, da transparência e do fortalecimento do sistema de previdência complementar como política de proteção social e de desenvolvimento econômico. A iniciativa foi proposta pela deputada Erika Kokay (PT-DF).
Marcaram presença o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Contraf-CUT e entidades representativas como Afubesp, Anapar, Fenae, ANABB, reforçando que a luta pela previdência complementar é coletiva e passa pela resistência organizada contra os ataques ao patrimônio dos trabalhadores.
Ricardo Pena, diretor-superintendente da Previc, destacou que o sistema reúne oito milhões de pessoas, 270 entidades e R$ 1,3 trilhão em reservas. Ele lembrou que há 180 projetos em tramitação no Congresso que impactam os fundos de pensão, muitos deles com base em desinformação. Para Pena, o espaço “terá um papel estratégico na defesa da poupança previdenciária de longo prazo, que contribui não só para a segurança do trabalhador, mas também para a geração de emprego, renda e o desenvolvimento do país”.
deputado Tadeu Veneri (PT-PR) preside a Frente Parlamentar, de natureza política e suprapartidária. Já instalada, abre-se agora um canal de diálogo entre parlamentares e sociedade civil, o qual espera-se que tenha papel ativo para garantir que a previdência complementar continue a ser instrumento de dignidade e segurança no momento da aposentadoria.
“O lançamento da Frente Parlamentar é uma sinalização importante, pois a categoria é composta por muitos bancários e bancárias de bancos públicos e privados, da ativa e aposentados que são participantes de Fundos de Pensão e precisam ter segurança e confiança no sistema de previdência complementar”, diz Vera Marchioni, dirigente do Sindicato.
“Esse sistema conta com uma poupança de R$1,3 trilhões e é alvo de interesse do sistema financeiro, temos que ficar atentos a tudo que tramita no Congresso Nacional e fazer a nossa parte elegendo parlamentares comprometidos com essa luta”, conclui.
