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Conheça as ações do Sindicato nos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher

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Conheça as ações do Sindicato nos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região integra, mais uma vez, a campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, iniciada no Brasil em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e que segue até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

A mobilização é parte de uma articulação global que envolve os 16 Dias de Ativismo, campanha criada em 1991 pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL) e que começa, em âmbito internacional, em 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. A data homenageia as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, as “Mariposas”, assassinadas pela ditadura de Rafael Trujillo, na República Dominicana.

No Brasil, o movimento feminista ampliou o período para 21 dias, incorporando o 20 de novembro como marco da luta antirracista, reconhecendo que o enfrentamento à violência contra as mulheres exige considerar o impacto do racismo estrutural, especialmente sobre as mulheres negras.

Confira as datas que compõe a campanha no Brasil:

  • 20 de novembro: Dia da Consciência Negra;
  • 25 de novembro: Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres;
  • 1º de dezembro: Dia Mundial de Combate à AIDS;
  • 2 de dezembro: Dia M - Mulheres, Mobilidade e Mais Respeito;
  • 3 de dezembro: Dia Internacional das Pessoas com Deficiência;
  • 6 de dezembro: Dia dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres (campanha do Laço Branco);
  • 10 de dezembro: Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Os dados reforçam a urgência das mobilizações. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 1 em cada 3 mulheres no mundo já sofreu violência doméstica ou sexual. No Brasil, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública registrou 1.492 feminicídios em 2024, o maior número desde a tipificação do crime.

Atuação do Sindicato nos 21 Dias de Ativismo

Dirigentes do Sindicato participam de Marcha da Consciência Negra, na Avenida Paulista

A participação da entidade começou no dia 20, durante a Marcha da Consciência Negra, em São Paulo. Além disso, a sede do Sindicato, na Rua São Bento, recebe entre os dias 24 e 28 de novembro a Feira Negritude Faz Arte, das 10h às 17h, com exposição e venda de produtos de empreendedores e artesãos negros. A programação se encerra às 19h, no Café dos Bancários, com apresentação do grupo Juntos Dá Samba, dentro do projeto Sons da Democracia.

No dia 25 de novembro, o Sindicato estará em Brasília na Marcha das Mulheres Negras, e no dia 6 de dezembro participará da Campanha do Laço Branco, que mobiliza homens a se comprometerem com o fim da violência contra as mulheres. Para a dirigente Ana Paula Vieira Freire, coordenadora do Coletivo de Gênero do Sindicato, o engajamento masculino é indispensável para transformar a cultura de violência.

“Não é possível combater a violência contra a mulher sem chamar os homens à responsabilidade. Eles precisam reconhecer seu papel na desconstrução da cultura machista, assumir compromisso público e agir dentro e fora do trabalho. A mudança real exige que os homens participem ativamente do enfrentamento às violências e não apenas apoiem de longe”, afirma.

Do acolhimento às negociações

Além de integrar campanhas nacionais e internacionais, o Sindicato mantém iniciativas permanentes de enfrentamento às violências de gênero. O Projeto Basta, criado em 2019, oferece atendimento jurídico gratuito e acolhimento psicológico a mulheres em situação de violência doméstica, sejam ou não bancárias. A iniciativa tornou-se referência e, ampliada pela Contraf-CUT, hoje está presente em 13 sindicatos, alcançando 388 cidades no país.

A entidade também conquistou avanços importantes em direitos das trabalhadoras e trabalhadores do setor financeiro, como licença-maternidade de seis meses e a licença-paternidade de 20 dias. Além disso, o Sindicato oferece o Curso de Paternidade Responsável, obrigatório para usufruto da licença ampliada.

O Sindicato segue ainda na luta pela ratificação da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho, que estabelece medidas contra a violência e o assédio no mundo do trabalho e que aguarda aprovação final no Congresso Nacional.

No plano internacional, o Sindicato integra a UNI Global Union, que participa dos 16 Dias de Ativismo deste ano com uma campanha focada na violência de gênero facilitada pela tecnologia (VGFT). Essa forma de violência inclui assédio, ameaças, perseguição, exposição de imagens íntimas sem consentimento, deepfakes e vigilância digital. Uma pesquisa da UNI com 430 trabalhadores revelou que:

  • 16,3% sofreram VGFT fora do trabalho;
  • 10,2% sofreram VGFT no ambiente laboral;
  • Entre os agressores, apareceram supervisores, colegas, clientes e usuários.

Essas violências impactam diretamente a saúde, a segurança e a permanência das mulheres no trabalho, exigindo respostas sindicais e institucionais urgentes. É o que defende Karen Souza, secretária de Cultura, Esporte e Lazer do Sindicato.

"Sabemos que a violência contra a mulher não é um problema distante, mas que invade nossos lares, nossos ambientes de trabalho e, cada vez mais, o espaço digital. Por isso, seguimos firmes no acolhimento a vítimas, na luta por direitos e na construção de um sindicato cada vez mais presente e atuante", ressalta Karen.

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