Nesta quarta-feira, 10 de dezembro, o mundo celebra o Dia Internacional dos Direitos Humanos, data instituída para lembrar a adoção, pela ONU, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948. O documento estabelece princípios essenciais para garantir dignidade, liberdade e igualdade a todas as pessoas, em qualquer lugar do mundo.
O 10 de dezembro também marca o encerramento dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, campanha que articula diversas datas de conscientização e mobilização em defesa da igualdade de gênero, da diversidade e do respeito aos direitos fundamentais.
A jornada teve início em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e passou por marcos importantes até seu encerramento, reforçando diferentes dimensões da luta por direitos:
- 20/11 – Dia da Consciência Negra
- 25/11 – Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres
- 01/12 – Dia Mundial de Combate à AIDS
- 02/12 – Dia M – Mulheres, Mobilidade e Mais Respeito
- 03/12 – Dia Internacional das Pessoas com Deficiência
- 06/12 – Dia dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres (Campanha do Laço Branco)
- 10/12 – Dia Internacional dos Direitos Humanos
Para o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o período reforça a importância de defender direitos que são universais, ou seja, pertencem a todas as pessoas independentemente de qualquer característica, origem ou condição. Entre esses direitos, estão: direito à vida, saúde, educação, moradia, trabalho decente, cultura, não discriminação, liberdade e acesso à justiça.
“Encerrar os 21 Dias de Ativismo justamente no Dia Internacional dos Direitos Humanos simboliza o compromisso permanente que temos com a dignidade e a igualdade. Nossa luta é diária: pelos direitos das mulheres, pela proteção da diversidade, pela eliminação de todas as formas de violência e pela construção de um país mais justo e democrático”, afirma Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato.
Além dos 21 dias
Durante os 21 Dias de Ativismo, a sociedade foi bombardeada com uma série de notícias sobre feminicídios e atos violentos contra mulheres. O Sindicato defende que a luta contra a violência de gênero deve ser travada ao longo do ano todo. Por conta desse entendimento, a entidade atuou para garantir a existência de cláusulas sobre o tema na Convenção Coletiva de Trabalho e desenvolve ações como o Projeto Basta.
Criado em 2019, o Projeto Basta oferece atendimento jurídico gratuito e acolhimento psicológico a mulheres em situação de violência doméstica, sejam ou não bancárias. A iniciativa tornou-se referência e, ampliada pela Contraf-CUT, hoje está presente em 14 sindicatos, alcançando 485 cidades no país.
Participação masculina
O Sindicato entende que a participação dos homens é fundamental para o combate à violência de gênero. Com isso em mente, no dia 4 de dezembro, a entidade visitou unidades bancárias para promover a Campanha do Laço Branco, ação ligada ao Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, celebrado em 06/12. Enquanto entregava lacinhos aos bancários, os dirigentes sindicais dialogaram sobre a importância da data e da participação masculina na pauta.
"Por onde passamos, recebemos manifestações de apoio à campanha, com diversos homens colocando a fita branca e declarando solidariedade. Isso demonstra que, apesar dos números alarmantes de feminicídio, existe um clamor na sociedade para que se elimine a violência contra a mulher", relatou a dirigente sindical Adriana Magalhães.