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O protesto acontece diante da ameaça de demissões em massa que podem atingir entre dois mil e quatro mil funcionários após a unificação da plataforma de sistemas que permitirá a comunicação direta entre todos os bancos do grupo. A integração possibilitará a fusão de agências e departamentos e pode gerar demissões de 10% a 20% dos quadros de funcionários, segundo declarações do presidente da empresa, Gabriel Jaramillo, à imprensa.
A direção do banco não responde às solicitações de negociação feitas pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A entidade quer renovar o acordo de garantia de emprego dos funcionários do Banespa que expirou em 30 de novembro. Em setembro, o Sindicato entregou à direção do banco pauta de reivindicações em que consta a garantia de emprego para todos os empregados do Grupo Santander Banespa, a unificação dos contratos e questões sobre saúde e condições de trabalho.
Os bancários prometem manter a mobilização até que o banco negocie com os trabalhadores. “Há centenas de funcionários prestes a entrar no período de pré-aposentadoria e, com certeza, estão na mira do banco. Ou seja, se perderem os empregos, milhares de famílias estarão em dificuldades devido à irresponsabilidade de um banco que só acumula bons resultados no Brasil”, afirma a funcionária do Banespa e diretora do Sindicato, Rita Berlofa. “E o banco não precisa demitir. Apesar do lucro de R$ 1,297 bilhões acumulado até setembro deste ano, todos os locais de trabalho sofrem com a carência de funcionários”, completa a dirigente.
O presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, concorda. “Este é um dos locais em que o banco alcança seus melhores resultados. Prova disso, é a manutenção da marca Banespa à bandeira do grupo. Se demitirem, estarão dando mostras do desrespeito que têm pelo Brasil.”
Dados – Do total de funcionários distribuídos entre os quatro bancos que compõem o Grupo Santander Banespa, 15.410 são do Banespa, 5.213 do Santander Brasil, 1.617 do Santander Meridional e 565 do Santander S/A. O Banespa foi privatizado e comprado pelo Santander em novembro de 2000, após seis anos de luta do Sindicato e outras entidades contra a privatização do Banco do Estado de São Paulo.