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O protesto é contra a ameaça de demissões em massa que podem atingir entre dois mil e quatro mil funcionários após a unificação da plataforma de sistemas que permitirá a comunicação direta entre todos os bancos do grupo.
A integração possibilitará a fusão de agências e departamentos e pode gerar demissões de 10% a 20% dos quadros de funcionários, segundo declarações do presidente da empresa, Gabriel Jaramillo, à imprensa.
A direção do banco não responde às solicitações de negociação feitas pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A entidade quer renovar o acordo de garantia de emprego dos funcionários do Banespa que expirou em 30 de novembro. A reivindicação é de que o prazo de validade do acordo seja prorrogado e que a garantia de emprego seja estendida a todos os bancários do Grupo Santander Banespa.
Os bancários prometem manter a mobilização na próxima semana. “Não vamos permitir que o banco faça demissões. O Santander só tem colhido bons frutos no Brasil. Prova disso, é a manutenção da marca Banespa à bandeira do grupo. A demissão de milhares de brasileiros seria injustificável”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
Dados – Do total de funcionários distribuídos entre os quatro bancos que compõem o Grupo Santander Banespa, 15.410 são do Banespa, 5.213 do Santander Brasil, 1.617 do Santander Meridional e 565 do Santander S/A. Todos os contratados pelo Banespa até 1/9/2004 têm direito à garantia de emprego que venceu no último dia 30, algo em torno de 10 mil trabalhadores. O Banespa foi privatizado e comprado pelo Santander em novembro de 2000, após seis anos de luta do Sindicato e outras entidades contra a privatização do Banco do Estado de São Paulo.