Dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Federação Estadual (Fetec) e Confederação Nacional dos Bancários (CNB) reuniram-se na manhã de hoje (9) com a direção do Grupo Santander Banespa para tratar das cerca de 600 demissões promovidas pelo banco nesta quinta-feira (8), em todo Brasil.
A direção do grupo comprometeu-se a reavaliar as demissões consideradas injustas e irregulares, ou seja, funcionários com bom desempenho ou com problemas de saúde. Informaram também que não haverá novas demissões em massa, nem redução no quadro de funcionários do banco. No entanto, a direção do grupo afirma que não pretende restabelecer o acordo de garantia de emprego dos funcionários, vencido em último 30 de novembro.
O presidente do Sindicato disse que a estabilidade no emprego sempre foi um patrimônio dos banespianos e insistiu que o banco reveja sua posição. “O Santander informa que está fazendo contratações, então estamos solicitando ao banco que, em vez de demitir, faça uma readequação interna, um processo de avaliação para o reaproveitamento dos bancários que já estão no quadro de funcionários da empresa”, relata Marcolino.
Na terça-feira, dia 13, será realizada uma nova rodada de negociação (às 17h , no Centro Administrativo Santander, em Santo Amaro). Os representantes dos bancários levarão à empresa uma relação das dispensas consideradas irregulares, que devem ser revertidas, e aguardam posição do banco sobre o processo de readequação dos funcionários.
“Esperamos que com a reabertura das negociações o banco perceba que está cometendo uma injustiça com os trabalhadores brasileiros, que tanto têm contribuído para os bons resultados da empresa em nível mundial”, completa o presidente do Sindicato.
Dados – Do total de funcionários distribuídos entre os quatro bancos que compõem o Grupo Santander Banespa, 15.410 são do Banespa, 5.213 do Santander Brasil, 1.617 do Santander Meridional e 565 do Santander S/A. O Banespa foi privatizado e comprado pelo Santander em novembro de 2000, após seis anos de luta do Sindicato e outras entidades contra a privatização do Banco do Estado de São Paulo.
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