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O assédio moral foi intensificado na categoria desde que os bancos adotaram em sua estrutura hierárquica a estratégia de cobrar metas para venda de produtos. “Essa cobrança constante, na maioria dos casos desrespeitosa, tem como objetivo forçar os trabalhadores a vender cada vez mais, mesmo sem condições para isso. É necessário um debate sério e a construção de medidas eficazes para combater de fato o problema”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, que participa do Comando Nacional.
A categoria bancária é a primeira a incluir em seu acordo coletivo de trabalho o combate ao assédio moral.
Depoimentos – Diariamente o Sindicato recebe denúncias de assédio moral sofrido pelos bancários. Há situações vexatórias, em que os trabalhadores são expostos ao ridículo, recebem apelidos jocosos, são ameaçados continuamente, ou abandonados em funções que os levem a desistir do trabalho e pedir demissão. “Todos esses depoimentos, sigilosos claro, servirão de base para o nosso debate com os banqueiros. Não é possível que um setor que cresce tanto, que diz ter a responsabilidade social como lema, alimente práticas que inviabilizam condições dignas de trabalho”, diz Marcolino.