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Bancários: Itaú e Unibanco param de contratar, mas se recusam a suspender demissões

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As direções de Itaú e Unibanco se recusaram em firmar compromisso pela suspensão das demissões sequer no período de diagnóstico, previsto para se estender até o primeiro trimestre de 2009. A negativa na mesa de negociação desta terça-feira, 9 de dezembro, contradiz a palavra dos presidentes dos bancos que em coletiva à imprensa disseram que não havia programa de demissão.

“Já que não há intenção de demitir os bancos poderiam firmar um compromisso de suspender as demissões por um período determinado, o que traria mais segurança aos bancários nessa fase de transição”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “Os bancos deram 10 passos atrás com essa postura”, ressaltou.

Avanços – As novas contratações estão suspensas no Itaú e no Unibanco, sejam por admissão, por estágio ou no programa menor aprendiz. A reivindicação que consta na proposta apresentada pelos bancários - de proteção de empregos e direitos às instituições - tem como objetivo priorizar a realocação de funcionários dentro do próprio quadro, composto por 108 mil trabalhadores nos dois bancos. As instituições financeiras também se comprometeram em criar um centro único de realocação para remanejamento interno.

Os bancos informaram que nos 18 grupos para diagnosticar a situação das diversas áreas das empresas, está acertado que não deverá haver transferência de serviços nem de funcionários enquanto essa avaliação não estiver concluída. “Se os bancários notarem qualquer procedimento diferente devem denunciar imediatamente ao Sindicato. Caso os bancos sigam para a demissão, os bancários irão intensificar as mobilizações”, acrescenta Marcolino.

Pendências – Na negociação, o Sindicato também apresentou a reivindicação que haja um aumento em 20% no número de funcionários das agências dos dois bancos. Uma medida que serviria para absorver trabalhadores de setores da administração, diminuiria o sufoco nas agências e, ao mesmo tempo, melhoraria o atendimento à população. Os banco ficaram de analisar essa reivindicação, assim como a de criação de um programa de incentivo à aposentadoria e a de suspensão dos novos contratos de terceirização. Uma nova reunião será realizada, com data a ser definida, dando continuidade ao processo de negociação.

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