São Paulo – O Banco Central mexeu nas regras dos depósitos compulsórios com o intuito de aquecer a economia. Segundo informação do O Globo, a medida pretende liberar aproximadamente R$ 30 bilhões em empréstimos para pessoas físicas e jurídicas.
Compulsório é a parcela de 20% do total de depósitos recebidos que os bancos são obrigados a guardar no Banco Central para ser usado em eventuais emergências econômicas. Atualmente, todo esse dinheiro é corrigido pela taxa Selic, mas a partir de fevereiro, a correção será para 73% do total. Em abril, cairá para 64%. Em outras palavras, a partir de abril, 36% do compulsório que estiver no BC não terá rendimento.
Na esteira da redução da correção, está a manutenção da liberação do uso do compulsório para compra de carteiras e Certificados de Depósito Interbancário (CDIs) de bancos menores, medida que havia sido tomada no fim de 2008 e que terminaria agora. Assim esses bancos menores terão maior capacidade de realizar novos empréstimos para clientes e empresas, contribuindo para reaquecer a economia.
Com as regras atuais, os bancos poderiam ter aplicado R$ 60 bilhões do compulsório em carteiras e CDIs, mas investiram apenas R$ 31 bilhões, preferindo deixar os outros R$ 29 bilhões parados no BC, rendendo pela Selic. Cortando a correção, estimula-se o uso total na aplicação.
Para a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, é preciso ainda mais. “Ao tomar essa medida o Banco Central deve exigir contrapartidas dos bancos como a redução de juros e do spread, além da manutenção dos postos de trabalho. É injustificável que bancos tão lucrativos cobrem taxas elevadas de seus clientes e ainda se mantenham na contramão da geração de emprego.”
Redação, com informações do O Globo – 23/12/2011