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Anefac não entende alta de juros bancários

Linha fina
Entidade não consegue achar motivos técnicos para justificar elevação promovida pelos bancos em oito de noves linhas de crédito pesquisadas em novembro
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São Paulo - A Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) não encontra explicações para a elevação nos juros bancários registrada em novembro na pequisa mensal feita pela própria entidade.

O Coordenador de Estudos Econômicos da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, não encontrou motivação técnica para o aumento. “A taxa básica de juros (Selic) e a inadimplência se mantiveram inalteradas neste período. E a tendência é de redução dos índices de inadimplência nos próximos meses”, disse. “Salientamos que nossa expectativa era de que as taxas de juros das operações de crédito seriam reduzidas no mês de novembro, mesmo com a manutenção da Selic, por conta da maior competição das instituições financeiras após os bancos públicos reduzirem suas taxas de juros”.

De acordo com a pequisa, das seis linhas de crédito para pessoa física pesquisadas, cinco aumentaram. Somente o cartão de crédito rotativo ficou inalterada. A taxa de juros média geral cobrada pelos bancos subiu 0,13 ponto percentual no mês (2,83 pontos percentuais no ano) correspondente a aumento de 2,36% (3,14% em doze meses). A média passou de 5,50% ao mês (90,12% ao ano) em outubro para 5,63% ao mês (92,95% ao ano) em novembro.

Para pessoas jurídicas, as três linhas pequisadas foram elevadas. A taxa média apresentou reajuste de 0,12 ponto percentual (2,04 pontos percentuais em doze meses) correspondente a 3,79% no mês (4,49% em doze meses), passando de 3,17% ao mês (45,43% ao ano) em outubro para 3,29% ao mês (47,47% ao ano) em novembro.

Juros x Selic - A Anefac registra ainda que os bancos não acompanham as quedas da taxa básica referencial de juros do país, a Selic, reduzida pelo Banco Central em 42% desde julho de 2011 (12,5% ao ano para 7,25% ao ano). No mesmo período, os bancos reduziram suas taxas em 23,31% - de 121,21% ao ano em para 92,95% - para pessoas físicas, e 22,22% - 61,03% ao ano para 47,47% ao ano) - para empresas.


Redação - 11/12/2012

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