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Bancários do BB convidados para debater assédio

Linha fina
Encontro na sede do Sindicato é nesta quinta-feira 20, às 19h, e discutirá situação vivida por funcionários do banco
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São Paulo – Humilhações em reuniões, ameaças de descomissionamento, assédio moral. Esses são apenas alguns dos casos relatados por bancários de diversas instituições financeiras, inclusive, do Banco do Brasil.

Para debater o tema, o Sindicato realiza nesta quinta-feira 20 um encontro com os funcionários do BB. Antes de discutir assédio moral e pressão no ambiente de trabalho, bem como as arbitrariedades impostas por alguns gestores, os convidados poderão assistir a um filme que exemplifica a situação vivida por muitos bancários em agências e concentrações. A obra é uma crítica sobre as dimensões da cobrança abusiva sob pena de demissão.

O encontro será na sede do Sindicato (Rua São Bento, 413, Centro), no Auditório Amarelo, às 19h.

Assédio é realidade – O filme a ser exibido foi escolhido por ter relação direta com acontecimentos na área Empresarial do BB e, segundo o diretor do Sindicato Paulo Rangel, “a obra critica exatamente o modelo de gestão praticado na Empresarial, além de mostrar que o neoliberalismo da década de 1990 é um sistema falido”.

“Na Empresarial, o gerente chegou a conspirar para clientes solicitarem a troca dos gerentes responsáveis pelas contas, mesmo os que apresentavam bom desempenho. Além disso, pressiona os funcionários para praticarem ações que vão contra instruções normativas da empresa”, relata o diretor do Sindicato Paulo Rangel.

“O gerente da agência Empresarial Centro do Banco do Brasil apresenta aos funcionários apenas um trecho deste filme. A situação já foi alvo de denúncia, uma vez que a parte exibida é a busca por metas e pelo sucesso a qualquer preço, mesmo que isso prejudique a saúde e a vida pessoal do trabalhador. Portanto, os convidados poderão assistir e ver qual o contexto real desta obra, um clássico do mundo do trabalho”, relata Paulo Rangel.

> Teatro denuncia assédio moral no Banco do Brasil

Segundo o dirigente, a Gestão de Pessoas do banco chegou a acompanhar os problemas com o objetivo de solucionar. No entanto, a situação está ainda mais grave, nada foi resolvido. “A administração da Empresarial aumentou a perseguição por meio de anotações nas avaliações dos funcionários com claro objetivo de prejudicar os denunciantes da má conduta do gerente. A pressão é tamanha que muitos funcionários solicitaram e já foram transferidos da agência por não suportar mais a situação”, diz Paulo Rangel.

Denuncie – Pela primeira vez, o Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, que já era acordado com diversas instituições financeiras e foi renovado neste ano, foi fechado com o Banco do Brasil.

No BB, a não adesão ao instrumento de combate ao assédio moral desde o início impediu que o bancário pudesse fazer a denúncia diretamente no Sindicato. “A partir de agora, denúncias dos funcionários encaminhadas e acompanhadas pelo Sindicato serão aceitas pelo banco. Apenas o programa não acabará com o assédio, mas é um importante avanço, pois poderemos acompanhar os casos e mostrar o quanto alguns gestores utilizam o assédio como forma de pressionar para ter resultado”, explica Paulo Rangel ao afirmar que o caso da Empresarial será denunciado à direção do banco.

O instrumento de combate ao assédio moral será explicado e debatido durante o encontro com funcionários do BB nesta quarta-feira, na sede do Sindicato.

Para apresentar queixas de assédio moral no Banco do Brasil clique aqui. A identidade do trabalhador será preservada.

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Redação – 17/12/2012

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