Pular para o conteúdo principal

Relatório final prevê mínimo de R$ 674,96

Linha fina
Valor agrega reajuste de 8,5%, considerando aumento do PIB em 2,7% em 2011 e inflação prevista de 5,7% para este ano. Cálculo respeita acordo com centrais válido para os reajustes de 2005 a 2015
Imagem Destaque

Brasília - O relator-geral da proposta de Lei Orçamentária, senador Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou na segunda 17 seu parecer com previsão de salário mínimo de R$ 674,96, aumento de 8,5% sob os atuais R$ 622. O reajuste respeita o acordo entre governo e centrais válido até 2015.

O método definido para 2004 e confirmado por meio de medida provisória aprovada pelo Congresso fixa que o valor será reajustado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Ou seja, o aumento de 2013 será composto pelo crescimento do PIB de 2,7% no ano passado e de 5,7 (previsão) do INPC de 2012.

A CUT e outras centrais sindicais lançaram em 2004 a campanha para valorização do salário mínimo. Foram realizadas três marchas conjuntas em Brasília e, como resultado, em maio de 2005 o salário mínimo passou de R$ 260 para R$ 300. Em abril de 2006 foi elevado para R$ 350, e, em abril de 2007, para R$ 380. Em março de 2008, o valor foi alterado para R$ 415; em fevereiro de 2009 para R$ 465 e para R$ 510 em janeiro de 2010. Nos meses de janeiro e março de 2011 foi elevado para R$ 540 e R$ 545, respectivamente. Em janeiro de 2012 passou para R$ 622.

O relator lembrou que, com o cálculo da reestimativa de receitas do Projeto de Lei do Orçamento Geral da União, o salario mínimo para 2013 será R$ 674,96 – R$ 4 a mais do que a previsão enviada inicialmente. “Cumprimos a lei do salário mínimo. Com a perspectiva da inflação ser maior, tivemos que suplementar o valor do salário mínimo e ele fica agora em R$ 674,96", afirma Jucá.

Setores estratégicos - O documento, segundo o relator, recompõe investimentos em setores considerados estratégico pelo Executivo – como saúde e educação – que haviam sido retirados da proposta nos relatores setoriais. Jucá também informou que limitou em 5% o reajuste dos servidores do Poder Judiciário para 2013.
“Fizemos uma ampliação nos investimentos porque as emendas de bancada e individuais, mais a reconstituição de cortes que os relatores setoriais haviam feito e eu recuperei, melhoraram a situação de investimentos em áreas estratégicas como saúde, educação, infraestrutura, o enfrentamento da seca no Nordeste e a distribuição de água”, explicou Jucá.

Segundo ele, foram ampliados aportes nos programas de aquisição de alimentos da agricultura familiar e do Minha Casa, Minha Vida. “Todos esses pontos tinham sido cortados nos relatórios setoriais e restituí os valores originários, porque são programas importantes que precisam ser mantidos”, frisou o relator.

Sobre o aumento do Judiciário, Romero Jucá disse que não há “espaço fiscal” para conceder reajuste acima de 5%, mesmo percentual dado aos servidores públicos federais. “Analisamos a proposta que veio do Judiciário, mas não havia espaço fiscal, recursos, para ampliar as despesas permanentes de custeio. Portanto, mantivemos o reajuste dos servidores públicos do Executivo, Legislativo e do Judiciário em 5%, tratando com igualdade todos os Poderes”, explicou.

De acordo com o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Paulo Pimenta (PT-RS), a ideia é aprovar a proposta na terça 18 na comissão e votar o texto no plenário do Congresso na próxima quarta-feira 19.

“Acredito que o cronograma será mantido, os acordo políticos que foram feitos estão encaminhados, e as questões a serem debatidas poderão ser discutidas durante todo o dia de amanhã [na comissão] para, na quarta-feira, ao meio-dia, votarmos no plenário”, disse.


Redação, com informações da Agência Brasil - 17/12/2012

seja socio