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São Paulo – Representantes do Sindicato paralisaram a principal agência do Santander, que tem cerca de 60 trabalhadores, contra gestão da instituição que facilita a prática de assédio moral e cobrança de metas abusivas. Logo no início da terça 2, dirigentes sindicais reuniram com os bancários da unidade, que é considerada modelo pelo banco, na Rua João Brícola, centro velho da capital paulista.
Foi a primeira atividade realizada pelo Sindicato depois da assinatura do Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho, que trouxe avanços no tema assédio e metas. No Acordo foram inseridas recomendações de respeito e ética nas relações entre gestores e demais bancários e entre funcionários e clientes. Representantes do Sindicato foram divulgar o documento aos trabalhadores e, ao mesmo tempo, cobrar cumprimento das condutas recomendadas pelo Santander.
> Saiba mais sobre o acordo aditivo
Foi a primeira atividade realizada pelo Sindicato depois da assinatura do Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho, que trouxe avanços no tema assédio e metas. No Acordo foram inseridas recomendações de respeito e ética nas relações entre gestores e demais bancários e entre funcionários e clientes. Representantes do Sindicato foram divulgar o documento aos trabalhadores e, ao mesmo tempo, cobrar cumprimento das condutas recomendadas pelo Santander.
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“A gente quer fazer valer esse documento, esse comprometimento do banco. Que as recomendações que visam combater o assédio e a cobrança desrespeitosa de metas abusivas impactem no dia a dia dos trabalhadores. O Sindicato vai continuar indo para os locais de trabalho e conversando com o pessoal para acompanhar de perto essa questão que é das mais importantes”, afirma a diretora executiva do Sindicato Maria Rosani.
Os dirigentes sindicais leram para os trabalhadores as recomendações do banco que incluem: não exposição das metas individuais nem de rankings nominais em qualquer área da agência e inclusive por e-mail; redução de calls de acompanhamento e de planilhas de controle; proibição de cobrança por meio de mensagens pelo telefone particular e de condutas como fazer o trabalhador pagar castigos em caso de não cumprimento de metas.
“O tema é fundamental porque a categoria adoece com tanta pressão. No Santander, o clima de competição degrada qualquer tipo de relação saudável que deveria existir no ambiente de trabalho”, ressalta a diretora do Sindicato Vera Marchioni.
“Existem outras maneiras de fazer a gestão. Essa forma de cobrar meta individual cria um clima terrível, de adoecimento. As metas mudam no decorrer do mês, deixando o bancário com ansiedade e medo constantes. Não dá para dormir e acordar com uma planilha na cabeça”, completa a dirigente.
Mariana Castro Alves – 2/12/2014
Mariana Castro Alves – 2/12/2014