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Bancários, as conquistas do ano e desafios de 2016

Linha fina
Categoria encerra ano com avanços e tem de estar preparada para empreender duras batalhas em defesa dos direitos, dos empregos, da democracia, por valorização profissional e melhores condições de trabalho
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São Paulo - A unidade foi mais uma vez o diferencial da categoria bancária em 2015. Ano marcado pela luta contra a institucionalização da terceirização fraudulenta por meio do Projeto de Lei 4330, medidas provisórias que flexibilizavam direitos trabalhistas e em defesa da Caixa 100% pública, e da democracia no país.

Para isso, o Sindicato participou de manifestações, na capital paulista e em Brasília, promovendo passeatas e campanhas de esclarecimento junto à população e a trabalhadores de outras categorias profissionais. O maior avanço foi a desistência do governo de abrir o capital da Caixa Federal.  

Na luta por uma sociedade mais justa, a entidade promoveu seminário sobre reforma tributária para mostrar como a cobrança de impostos é desigual no país. Para fomentar essa discussão foi lançada a cartilha Uma reforma tributária para melhorar a vida do trabalhador (disponível aqui).

Aumento real - Já a Campanha Nacional Unificada novamente foi encerrada com avanços. Após 21 dias de greve foram assegurados reajustes de 10% para salários, piso e PLR e de 14% nos vales alimentação, refeição e 13ª cesta.

Com essas conquistas, em 12 anos a categoria acumula 20,83% de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos. No mesmo período o ganho acima da inflação foi de 28,5% no vale-refeição e 24,3% no alimentação.

Além da manutenção de todos os direitos como o abono-assiduidade (que dá direito a uma folga ao ano para o bancário) e a licença-maternidade de 180 dias, a Campanha 2015 agregou nova cláusula à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT): a 57, que prevê elaboração de um programa – a partir de negociações das comissões de empresa dos funcionários com os seis maiores bancos (BB, Caixa, Bradesco, Santander, Itaú e HSBC) – para a melhoria contínua das relações no ambiente de trabalho.

O que vem por aí - Para o ano que se inicia, a mobilização terá de ser ainda mais forte. Os bancários têm de estar preparados para barrar dois projetos de lei que estão para ser votados no Senado: o PLC 30 e o PLS 555. O primeiro é a continuidade da discussão do PL 4330 – aprovado na Câmara dos Deputados – que trata da liberação total da terceirização. O segundo, o chamado Estatuto das Estatais, impõe a abertura de capital de empresas 100% públicas como a Caixa Federal, o BNDES e os Correios, além de impor mudanças na gestão de empresas de economia mista como a Petrobras e o Banco do Brasil, abrindo caminho para novo ciclo de privatizações no país.

No âmbito bancário, a defesa do emprego, principalmente na incorporação do HSBC pelo Bradesco, dos direitos dos trabalhadores e a luta por melhores condições de trabalho estão entre as prioridades do Sindicato. Como também está o combate ao assédio moral e sexual, às metas abusivas e a cobrança constante por ambiente adequado nos locais de trabalho, por mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades para todos. 


Redação - 28/12/2015
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