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São Paulo – Os principais bancos que atuam no país receberam notas abaixo da média em políticas sobre direitos do consumidor. O levantamento faz parte do Guia dos Bancos Responsáveis (GBR), estudo que analisa as políticas de crédito e investimento das sete maiores instituições financeiras em atividade no país, segundo o Banco Central. São elas: Banco do Brasil, Caixa Federal, Itaú, Bradesco, Santander, HSBC e BTG Pactual, que respondem por 80% dos depósitos e créditos em âmbito nacional.
O estudo, conduzido pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), contempla os tópicos: transparência sobre serviços, cobranças e riscos; combate ao superendividamento; qualidade do serviço; tratamento não discriminatório e gestão das reclamações (veja as notas dos bancos no quadro).
“O Código de Defesa do Consumidor vai fazer 25 anos em março de 2016, por isso os bancos já deveriam ter internalizado em suas políticas as medidas descritas na lei, mas a gente observou que eles estão muito mal ainda”, avalia Carlos Thadeu de Oliveira, gerente técnico do Idec.
Este ano houve a inclusão do BTG Pactual no estudo, cujo desempenho foi consideravelmente inferior às demais instituições avaliadas. “É um banco que não tem nenhuma política declarada dos principais assuntos que a gente sondou”, diz Oliveira. O presidente da instituição até o começo de dezembro, André Esteves, encontra-se preso sob a acusação de corrupção no âmbito da operação Lava Jato, que investiga desvios na Petrobras.
Outros temas - Além do critério que avalia o desempenho dos bancos em relação aos direitos dos consumidores, o GBR avaliou os temas: Direitos Humanos, Direitos Trabalhistas, Impostos e Corrupção, Meio Ambiente, Mudanças Climáticas, Alimentos, Armas, Florestas, Geração de Energia, Mineração, Óleo e Gás, Setor Financeiro, Remuneração, Transparência e Prestação de Contas.
De acordo com o Idec, o resultado geral obtido pelo GBR indica leve amadurecimento da inclusão de aspectos socioambientais nas políticas de investimento dos bancos. No entanto, o estudo mostra que as instituições financeiras ainda patinam em temas setoriais como Florestas, Mineração, Óleo e Gás, Transparência e Prestação de Contas ou mesmo Geração de Energia (veja a pontuação completa na tabela abaixo).
Metodologia – A análise das políticas dos bancos é feita com base nos documentos públicos divulgados pelas próprias instituições (sites, relatórios anuais, compromissos e tratados setoriais), nacionais e internacionais.
O Guia dos Bancos Responsáveis é uma iniciativa do Idec, com o apoio da Oxfam Novib e suporte financeiro da Agência Sueca de Desenvolvimento Internacional (SIDA).
A iniciativa faz parte da Fair Finance Guide International (FFGI), projeto que consiste na avaliação de bancos a partir de uma metodologia comum, aplicada a instituições financeiras de diferentes países. Atualmente, sete países integram o FFGI: Brasil, Indonésia, Japão, Suécia, Holanda, França e Bélgica.
O estudo, conduzido pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), contempla os tópicos: transparência sobre serviços, cobranças e riscos; combate ao superendividamento; qualidade do serviço; tratamento não discriminatório e gestão das reclamações (veja as notas dos bancos no quadro).
“O Código de Defesa do Consumidor vai fazer 25 anos em março de 2016, por isso os bancos já deveriam ter internalizado em suas políticas as medidas descritas na lei, mas a gente observou que eles estão muito mal ainda”, avalia Carlos Thadeu de Oliveira, gerente técnico do Idec.
Este ano houve a inclusão do BTG Pactual no estudo, cujo desempenho foi consideravelmente inferior às demais instituições avaliadas. “É um banco que não tem nenhuma política declarada dos principais assuntos que a gente sondou”, diz Oliveira. O presidente da instituição até o começo de dezembro, André Esteves, encontra-se preso sob a acusação de corrupção no âmbito da operação Lava Jato, que investiga desvios na Petrobras.
Outros temas - Além do critério que avalia o desempenho dos bancos em relação aos direitos dos consumidores, o GBR avaliou os temas: Direitos Humanos, Direitos Trabalhistas, Impostos e Corrupção, Meio Ambiente, Mudanças Climáticas, Alimentos, Armas, Florestas, Geração de Energia, Mineração, Óleo e Gás, Setor Financeiro, Remuneração, Transparência e Prestação de Contas.
De acordo com o Idec, o resultado geral obtido pelo GBR indica leve amadurecimento da inclusão de aspectos socioambientais nas políticas de investimento dos bancos. No entanto, o estudo mostra que as instituições financeiras ainda patinam em temas setoriais como Florestas, Mineração, Óleo e Gás, Transparência e Prestação de Contas ou mesmo Geração de Energia (veja a pontuação completa na tabela abaixo).
Metodologia – A análise das políticas dos bancos é feita com base nos documentos públicos divulgados pelas próprias instituições (sites, relatórios anuais, compromissos e tratados setoriais), nacionais e internacionais.
O Guia dos Bancos Responsáveis é uma iniciativa do Idec, com o apoio da Oxfam Novib e suporte financeiro da Agência Sueca de Desenvolvimento Internacional (SIDA).
A iniciativa faz parte da Fair Finance Guide International (FFGI), projeto que consiste na avaliação de bancos a partir de uma metodologia comum, aplicada a instituições financeiras de diferentes países. Atualmente, sete países integram o FFGI: Brasil, Indonésia, Japão, Suécia, Holanda, França e Bélgica.
Rodolfo Wrolli – 15/12/2015