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Centrais e empresários entregam propostas a Dilma

Linha fina
Compromisso para o Desenvolvimento foi bem acolhido pela presidenta que afirmou ser necessário pensar numa nova equação econômica; nova reunião com representantes dos trabalhadores e dos empresários foi agendada para sexta 18
Imagem Destaque
São Paulo – Representantes dos trabalhadores e dos empresários entregaram à presidenta Dilma Rousseff, na terça-feira 15, o documento Compromisso pelo Desenvolvimento, construído por mais de 70 entidades, com propostas para aquecer a economia, melhorar a produção e gerar mais emprego e renda.

“Viemos dizer a Dilma que a agenda do Brasil não são as crises econômica e política, nem a Operação Lava Jato. A agenda do Brasil é a do desenvolvimento com geração de emprego, distribuição de renda e combate às desigualdades”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, que considerou a reunião de terça, em Brasília, uma das melhores que teve com a presidenta.

Segundo Vagner, a presidenta concordou que é preciso retomar o desenvolvimento, que é preciso encontrar rapidamente ’uma nova equação para a economia brasileira’. E imediatamente marcou uma nova reunião para a sexta-feira 18, e já neste dia deve anunciar decisões sobre os itens do documento.

“A gente propôs uma nova agenda para o país e essa nova agenda foi assumida pela presidenta. Chega de discutir impeachment. Temos de discutir desenvolvimento, como crescer, como melhorar a renda. É isso que o povo quer. O povo não quer ver um deputado acusando o outro na Câmara, quer ver o Brasil crescer, quer emprego e renda”, acrescentou Vagner.

O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, reiterou que a presidenta considerou as sete propostas para o Brasil voltar a crescer, construídas por trabalhadores e empresários, concretas e viáveis, e que podem ser implementadas neste momento. “Esta nova equação da qual ela falou são mudanças na política econômica. Nós fizemos sugestões para o Brasil voltar a crescer, intensão que só tem quem se preocupa com o país e não com questões mesquinhas e projetos pessoais, como alguns empresários de São Paulo”, pontuou.

“Nossa agenda é a agenda de quem representa o setor dinâmico da econômica, máquinas, equipamentos, eletroeletrônicos e montadoras. É a agenda de quem produz de fato e não a do Paulo Scaff, presidente da Fiesp, que é uma agenda mesquinha, de quem não pensa no país, pensa apenas em si mesmo”, acrescentou Sérgio Nobre.

Vagner Freitas reafirmou que essas propostas foram feitas por quem tem interesse em uma nova agenda para o país. Aqueles que querem indicar caminhos para o Brasil retomar o desenvolvimento. “Essa é a agenda que une o país e que propusemos”.
Participaram da audiência com a presidenta Dilma, além de Vagner e Sergio, Valeir Ertle, secretário de Assuntos Jurídicos da CUT e representantes da Anfavea, Abrinq e Abit, entre outras entidades empresariais.

Veja as sete propostas que o governo se comprometeu a analisar e apontar decisões na sexta 18:

1 - Retomar rapidamente o investimento público e privado em infraestrutura produtiva, social e urbana, ampliando os instrumentos para financiá-la, bem como criando ambiente regulatório que garanta segurança jurídica;

2 - Retomar e ampliar os investimentos no setor de energia, como petróleo, gás e fontes alternativas renováveis, em especial na Petrobras;

3 - Destravar o setor de construção, utilizando instrumentos institucionais adequados que garantam a penalização dos responsáveis e a segurança jurídica das empresas, com a manutenção da atividade produtiva e dos empregos;

4 - Criar condições para o aumento da produção e das exportações da indústria de transformação;

5 - Priorizar a adoção de políticas de incentivo e sustentabilidade do setor produtivo (agricultura, indústria, comércio e serviços), e adensamento das cadeias produtivas e de reindustrialização do país, com investimentos e contrapartidas sociais e ambientais;

6 - Ampliar, em condições emergenciais, o financiamento de capital de giro para as empresas;

7 - Adotar políticas de fortalecimento do mercado interno para incremento dos níveis de consumo, de emprego, renda e direitos sociais.


CUT, com edição da Redação – 16/12/2015
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