São Paulo – O Banco do Brasil impediu o Conselheiro de Administração Representante dos Funcionários (Caref), Fabiano Felix, de participar, na segunda 18, de uma reunião extraordinária. O Caref não teve acesso à pauta da reunião e questionou o Conselho de Administração sobre o que estava sendo planejado, pois segundo reportagem na imprensa, o banco estaria planejando terceirizações, novo plano de demissão e transferência de funcionários para outras localidades.
> Trabalhadores cobram transparência do BB
> Onde há fumaça, há fogo
> Ano não poderia terminar sem mais uma do "Caffarocchio"
O artigo 18 do regimento interno do CA prevê que o Caref não participa e não delibera sobre assuntos nos quais haveria conflito de interesse, envolvendo relações sindicais, remuneração, benefícios e vantagens, além de previdência complementar e assistencial.
O conselheiro Fabiano Felix reafirmou que como conselheiro eleito pelos bancários do BB seria seu papel defender os trabalhadores, e reforçou que iria continuar cobrando posicionamento sobre temas que os afetem, inclusive sobre os abordados pela imprensa. “Em 30 dias haverá divulgação pública da ata da reunião, nessa ocasião teremos mais informações. Peço aos funcionários e seus combativos sindicatos que continuem sua luta em defesa do banco e dos direitos. Como o Sindicato diz, onde há fumaça há fogo.”
> Veja cartilha sobre a importância dos bancos públicos
O diretor executivo do Sindicato e funcionário do BB Ernesto Izumi, aponta que o Caref tem papel importante. “Em novembro, Fabiano Felix questionou o fechamento de agências explodidas que vem acontecendo em todo o país e o banco foi obrigado a se justificar, mas a empresa segue passando o trator. O Caref e os sindicatos também denunciaram e questionaram a contratação da Falconi Consultoria, que tem em sua diretoria um dos donos do concorrente Itaú, o banqueiro Pedro Moreira Salles. Ao contratar a Falconi, portanto, o BB estaria dando ao concorrente, acesso a informações estratégicas de sua atuação”, destaca o dirigente.