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Onde há fumaça, há fogo 

Linha fina
Por que o representante dos trabalhadores não foi autorizado a participar de toda a reunião do conselho de administração? O que a direção do Banco do Brasil pretende esconder?
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Foto: Pixabay

São Paulo – O Conselho de Administração do Banco do Brasil, órgão máximo de decisão da instituição financeira, se reunirá na segunda-feira 18. O conselheiro eleito pelos trabalhadores, Fabiano Félix, não foi autorizado a participar de todas as discussões.  A restrição gerou estranhamento, principalmente após o Correio Brasiliense publicar matéria sobre uma possível reestruturação.

“Onde há fumaça, há fogo. E os funcionários precisam estar atentos, ainda mais se levarmos em conta o farto histórico de inverdades e desinformações divulgadas pela atual direção do Banco do Brasil e, principalmente, pelo seu presidente, Paulo Caffarelli”, critica o diretor executivo do Sindicato e bancário do Banco do Brasil, João Fukunaga.

“E, mais uma vez no final do ano, somos surpreendidos por uma decisão do CA depois de uma matéria jornalística. Viveremos novamente 2016, quando o Fantástico anunciou uma tremenda reestruturação no BB?”, questiona Fukunaga. 

O Sindicato fará um protesto no dia em que a reunião estiver ocorrendo, em repúdio à falta de transparência demonstrada pela atual direção

Pela legislação vigente, o representante dos trabalhadores nos Conselhos de Administração de estatais e Empresas de Economia Mista não pode participar de assuntos relacionados ao funcionalismo devido a alegados conflitos de interesses. O Sindicato sempre se posicionou contra a legislação dos representantes dos funcionários no Conselho de Administração. 

“Mesmo a legislação sendo contrária, a direção do BB cai no contraditório ao divulgar em todos os canais os compromissos com os seus funcionários, a transparência da gestão proveniente de um modelo de governança corporativa do novo Mercado. Então fica a duvida: depois de veiculado na mídia, um possível furo de reportagem, de que viria uma nova reestruturação no BB, a decisão de excluir o representante dos trabalhadores da reunião, mesmo que não tenha direito a voz e voto, deixa a todos muito preocupados. 

“Não adianta a direção do banco dizer que esta preocupada com os funcionários, se age surdina. Os trabalhadores exigem participar, por meio do seu representante eleito, de qualquer discussão a respeito de mudanças que poderão impactar diretamente suas condições de trabalho e suas vidas. Vamos lutar por uma verdadeira transparência e contra qualquer medida que afete a vida dos colegas”, afirma João Fukunaga.

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