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Chapéu
Absurdo

Itaú: denúncias das plataformas PJ, na Avenida Paulista, não param de chegar

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Ilustração de várias mãos apontando para uma mulher, desnorteada pelos abusos

Desde a inauguração das plataformas PJ Pro, Business e Top Business, do Itaú, no retorno da pandemia na torre Brazilian Financial Center, na Avenida Paulista, o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região recebe denúncias de graves problemas nas condições de trabalho, que ferem o próprio código de ética do banco.

Bancários relatam perseguições aos trabalhadores que se afastam por motivo de saúde, com olhares ameaçadores por parte de gestores aos colegas que mantém contato com eles.

Também foram denunciados registros de feedbacks sem que os bancários sejam informados, prejudicando avaliações e resultados no Gera, sistema de metas e comissionamento do setor comercial.

Outro grave problema são os recorrentes episódios de assédio moral no local de trabalho, com cobranças na frente dos demais colegas como forma de provocar medo e constrangimento, humilhações e incentivo a um clima de rivalidade entre os trabalhadores. As denúncias dão conta ainda de ligações fora do horário de trabalho, com objetivo de controlar 100% do dia dos gerentes.

“Este ambiente tóxico de trabalho, somado a pressão absurda por metas abusivas, leva os trabalhadores ao adoecimento”, diz a dirigente do Sindicato e bancária do Itaú Gleice Pereira.

Discriminação

Para agravar ainda mais a situação, as denúncias relatam que bancários PCDs (pessoas com deficiência) são contratados “só para fazer número”, sendo excluídos em salas sem os equipamentos necessários para desempenhar corretamente o seu trabalho.

Também é relatado que superiores tratam a contratação de pessoas LGBTQIAPN+ e de pessoas negras como um favor, além de episódios de misoginia e machismo, nos quais gestores tentam calar bancárias, inclusive com a objetificação do corpo feminino.

Sindicato cobrou o Itaú

Diante de tantos relatos de graves abusos, o Sindicato cobrou atitudes concretas e efetivas por parte do Itaú para prevenir e coibir tais situações.

Entretanto, o banco respondeu que aplica feedbacks e realiza o acompanhamento das denúncias, mas, na maioria delas, dá a devolutiva de que a situação relatada não pode ser confirmada.

“Essa postura do Itaú, de negar o ambiente tóxico de trabalho criado nas plataformas PJ, é extremamente irresponsável. Um banco que se diz “feito de futuro”, com um lucro extraordinário, que investe altíssimo em campanhas de marketing, com grandes estrelas internacionais, não respeita seus trabalhadores e nem mesmo o próprio código de ética, compactuando com práticas nefastas”, enfatiza Gleice.

O Sindicato ampliará as visitas ao local de trabalho e seguirá denunciando, cobrando e realizando manifestações contra este ambiente de trabalho insalubre, que leva ao adoecimento.

Denuncie

O Sindicato orienta que os trabalhadores continuem denunciando qualquer prática abusiva no ambiente de trabalho.

“O Canal de Denúncias do Sindicato é a forma mais segura e efetiva de fazer as denúncias. Através dele, são assegurados o sigilo da identidade do denunciante e um retorno efetivo para o caso. É de extrema importância que os bancários sigam denunciando práticas abusivas, muitas delas que inclusive configuram crimes”, orienta a dirigente sindical.

Além do Canal de Denúncias, que foi aperfeiçoado recentemente, o bancário pode entrar em contato com o Sindicato por telefone (3188-5200), chat, e-mail e WhatsApp.

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