Não faltou emoção na 17ª Corrida de São Pilantra, a tradicional prova promovida pelo Sindicato para apontar as personalidades, empresas e instituições que mais jogaram contra os trabalhadores durante o ano de 2024. Confira os "vencedores" no final da matéria.
Realizada na manhã desta sexta-feira 27, na Avenida Paulista, a Corrida de São Pilantra reuniu candidatos fortíssimos como, por exemplo, os fantasmas da terceirização e da privatização; Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo; o governador Tarcísio de Freitas; o mercado financeiro; Campos Neto, presidente do Banco Central; General Braga Netto; e os bancões Bradesco, Itaú e Santander.
“A Corrida de São Pilantra, que voltou para as ruas agora em 2024, é uma sátira da tradicional Prova de São Silvestre. É uma forma divertida do Sindicato chamar a atenção da sociedade para as figuras que mais jogaram contra os bancários e contra a classe trabalhadora como um todo em 2024”
Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região
“A Corrida de São Pilantra deste ano foi divertidíssima. Os concorrentes estavam muito animados e com muita ganância de garantir o seu lugar no pódio. Apesar de nesta prova, uma grande brincadeira, eles saírem premiados, o recado que nós deixamos aqui é que, assim como foi em 2024, o Sindicato estará mobilizado em 2025, nas ruas e redes, para denunciar e lutar contra todos que pretendam atacar os direitos dos bancários e da classe trabalhadora
Karen Souza, secretaria de Cultura, Esporte e Lazer do Sindicato
3º lugar: Santander
O Santander chegou na 17ª Corrida de São Pilantra como um dos favoritos ao pódio, metendo marra, e não decepcionou.
Durante todo o ano, o Santander retirou inúmeros trabalhadores da categoria bancária, transferindo áreas inteiras do banco para outras empresas do seu próprio grupo, com CNPJs diferentes. Desta forma, cortou custos retirando direitos e achatando a remuneração destes trabalhadores.
Além disso, na hora que os bancários foram com razão protestar pacificamente contra este absurdo, no Radar Santander, tiveram que enfrentar a truculência da Polícia Militar, que distribuiu socos e golpes de cassetete. Sem falar em disparos de armas de choque. Sobrou até para deputado e advogados.
2º lugar: Mercado Financeiro
O mercado financeiro, cujo “nervosismo” já é um clichê nos telejornais brasileiros, este ano fez mais birra do que criança mimada que quer sentar na janela do avião.
Bastava o governo federal anunciar alguma medida que beneficiasse os trabalhadores, o setor produtivo ou a população mais pobre, que o mercado financeiro já começava a com a sua gritaria e ataques especulativos.
Por isso, o mercado financeiro foi o vice-campeão da 17ª Corrida de São Pilantra.
1º lugar: Campos Neto
O presidente do Banco Central, nomeado por Jair Bolsonaro, Roberto Campos Neto, deixará o seu mandato impondo aos brasileiros uma taxa básica de juros (Selic) de 12,25%, o que coloca o nosso país no segundo lugar no ranking dos juros reais mais altos do mundo, atrás apenas da Turquia.
Apesar de serem concorrentes na Corrida de São Pilantra, na hora de prejudicar o desenvolvimento do país e a classe trabalhadora o Mercado Financeiro e Campos Neto formaram uma dupla de ataque digna de Garrincha e Pelé.
Por sua atuação no comando do Banco Central, que jogou contra o desenvolvimento do país e contra a geração de emprego e renda, Campos Neto fez jus ao título de grande campeão da 17ª Corrida de São Pilantra.
