O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região denuncia a prática antissindical do Banco do Brasil, que se recusou a liberar dois delegados sindicais para participação em atividades e reuniões da entidade, mesmo após diversas tentativas formais de diálogo por parte do Sindicato.
As solicitações de liberação foram feitas dentro das regras estabelecidas, por meio de contato formal por e-mail, além de tratativas com a GEPES e contato telefônico realizado por dirigentes sindicais. Ainda assim, o banco manteve a negativa, impedindo a participação dos delegados nas atividades sindicais.
Os sindicatos sempre consideram os impactos da participação dos delegados nas atividades para os seus colegas de setor, devido às ausências nos locais de trabalho, de modo a evitar sobrecarga aos demais. Com isso em vista, atualmente os delegados possuem um limite de 10 dias de liberação, conforme definido em acordo com o banco. Nos casos em questão, ocorridos com um delegado da regional Norte do Sindicato e em uma agência varejo na região Sul de São Paulo, as liberações foram negadas sob a justificativa de falta de profissionais para cobrir os postos de trabalho.
Para a dirigente sindical Priscilla Semencio, a situação evidencia não apenas uma prática antissindical, mas também falhas graves na gestão do banco: “A não liberação dos nossos delegados sindicais na PSO, para além de uma prática antissindical, demonstra claramente a incompetência do banco, cujas diretorias desconhecem a dinâmica e o fluxo de trabalho, piorando, inclusive, a gestão dos gerentes, que ficam sem opções de substituição.”
“O banco afirmou no passado que a quantidade de funcionários nas PSOs foi ajustada em virtude da ausência de autenticações e do fluxo de clientes nas agências. No entanto, a PSO não liberou nosso delegado por não ter mão de obra para substituição. Isso deixa claro para todo o funcionalismo que os argumentos apresentados não condizem com a realidade nos locais de trabalho”, completa Priscilla.
O Sindicato ressalta que impedir ou dificultar a atuação de delegados sindicais fere o direito à organização e à representação dos trabalhadores e reforça que seguirá denunciando práticas antissindicais, além de cobrar do Banco do Brasil o respeito às normas e aos direitos dos trabalhadores.