São Paulo – O Banco do Brasil anunciou recentemente que a Brasildental, companhia de seguro voltada ao atendimento dentário, depende apenas da aprovação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para começar a operar. O Banco Central e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) já deram sinal verde.
Ao mesmo tempo em que se lança em uma empreitada associada à saúde dentária, o Banco do Brasil possui questões pendentes em relação ao plano odontológico dos funcionários. Conquista dos trabalhadores na Campanha Nacional de 2009 e implantado em 2010, o plano deveria ter sido criado e gerido pela Cassi, de acordo com proposta do Sindicato. O banco, no entanto, somente aceitou sua implantação por meio da Odontoprev, e mesmo assim só após pressão do movimento sindical, segundo o dirigente sindical Ernesto Izumi.
“Além disso, o plano atual presta somente serviços básicos, e o banco havia se comprometido a implantar outros planos com melhor cobertura. Mas os funcionários estão esperando isso até agora", critica Ernesto, acrescentando que o movimento sindical vai pressionar por melhorias no plano.
Vendas – Outro foco de preocupação do Sindicato é com relação às vendas. O Brasildental representará mais um produto que os funcionários terão de oferecer aos clientes, o que significará mais metas a serem cumpridas.
“Os bancários do BB já estão sobrecarregados ao extremo. Isso acaba desviando o foco da atuação do BB, que é e deve ser a concessão de crédito. O bancário já tem de vender seguro de vida, de carro e outros produtos, agora vão inventar uma meta de plano odontológico”, avalia Ernesto.
Brasildental – O produto será oferecido por cerca de R$ 15. O Banco do Brasil pretende captar um milhão de pessoas no primeiro ano de operação.
Rodolfo Wrolli - 28/1/2014
