São Paulo – O Fórum Permanente em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização, composto por entidades ligadas ao Judiciário, centrais, sindicatos e outras instituições, entregou ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, carta dirigida à presidenta Dilma Rousseff. O objetivo do documento, apresentado em audiência realizada na quinta 22, é sensibilizar o governo contra medidas que aprofundem essa prática de contratação precarizada.
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O ministro lembrou o discurso de posse da presidenta quando disse “nenhum direito a menos, nenhum passo atrás”. Rosseto afirmou que a terceirização é uma variável que não ajuda na proposta do governo, que é ter uma economia competitiva com capacidade de inclusão.
O Sindicato participou da reunião em Brasília, representado pela diretora executiva Raquel Kacelnikas. De acordo com a dirigente, diversas entidades detalharam os impactos negativos da terceirização na economia e para os trabalhadores.
Precarização – “Todos deixamos claro que, em empresas terceirizadas, as condições são análogas à escravidão. Além disso, a aprovação de medidas de ampliação da terceirização no país representa um achatamento geral nos salários, trazendo consequências negativas à economia interna como um todo”, relata a diretora do Sindicato.
“Um exemplo de péssimas condições de trabalho e remuneração é a Contax, terceirizada que presta serviços a bancos, interditada por diversas infrações pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no Recife”, afirma Raquel.
> Contax de Recife é interditada por infrações
Uma declaração favorável à terceirização feita pelo atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em entrevista concedida ao jornal Valor Econômico, também foi lembrada na audiência. As entidades gostariam que a presidenta Dilma Rousseff se posicionasse sobre o tema. “Reivindicamos que o governo expresse claramente o compromisso de defesa do direito dos trabalhadores ao garantir que qualquer medida que aprofunde a terceirização será rechaçada”, completa Raquel.
Mariana Castro Alves – 22/1/2015
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Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, recebeu carta de entidades do grupo e afirmou que esse tipo de prática contradiz compromissos do governo
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