São Paulo – A luta em defesa da Caixa 100% Pública, sua função social de banco público e dos seus empregados – ameaçados pela política neoliberal e privatista do governo Temer – ganhou reforço de peso na quarta-feira 10, quando ocorreu a reunião organizativa, na sede do Sindicato, do Comitê Estadual de São Paulo em Defesa da Caixa Econômica Federal. O lançamento público será no dia 12, na Avenida Paulista, quando a Caixa completa 157 anos.
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A reunião que consolidou a criação do Comitê (foto abaixo) reuniu diversas centrais sindicais; o Sindicato; as duas federações de bancários que atuam em São Paulo, Fetec-SP/CUT (Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito - São Paulo) e Feeb SP/MS (Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul); Apcef-SP (Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal de São Paulo); Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal); e associações representativas de segmentos de pessoal do banco. Também estiveram representados diversos movimentos sociais como, por exemplo, o de moradia.
“Todas as entidades presentes, que formam o Comitê Estadual de São Paulo em Defesa da Caixa, comprometeram-se com um extenso calendário de lutas, que tem início já no dia 12, aniversário da Caixa, com um grande ato na Avenida Paulista, que será o marco público de lançamento do nosso Comitê”, relata o diretor do Sindicato e coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.
“A pergunta que faremos no dia 12, quando a Caixa completa 157 anos, é se nós, empregados da Caixa, temos o que comemorar. Junto com os empregados estarão todos os movimentos sociais preocupados com o banco. O pessoal preocupado com o Minha Casa Minha Vida, com o FGTS. É na data de aniversário que vamos justamente pontuar a nossa preocupação em relação à Caixa 100% Pública”, acrescenta o presidente da Apcef/SP, Kardec de Jesus.
Dionísio lembra que o ano de 2017 foi marcado por uma intensa luta em defesa da Caixa 100% Pública, que culminou com a vitória dos empregados e movimentos sociais com a retirada do texto do novo estatuto de um trecho que transformava o banco em sociedade anônima (S/A), o que abriria portas para a abertura de capital e privatização. Entretanto, alerta que as duas primeiras semanas do ano já trouxeram sinais claros de que a mobilização em defesa da instituição e seus empregados deve se intensificar ainda mais.
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“Já são diversos ataques em 2018. O governo não fez aportes na Caixa como deveria. Por outro lado, a imprensa noticiou que Temer vai utilizar recursos do banco para aprovar a famigerada reforma da Previdência. Em poucos dias, já vemos sucessivos ataques à Caixa 100% Pública, sua função social, importância política e aos empregados. Por isso a luta deve se intensificar. O Comitê Estadual nasce justamente para consolidar ainda mais a nossa unidade e aumentar a mobilização”, destaca.
> Leia o termo de criação do Comitê Estadual de São Paulo em Defesa da Caixa
Caixa em São Paulo – No estado de São Paulo, somente Banco do Brasil e Caixa operam 26,5% do total de crédito ofertado. A Caixa, em 2016, pagou mais de R$ 2,6 bilhões em benefícios do Bolsa Família a 1.480.090 famílias, 8,8% da população paulista. Só via programa Minha Casa Minha Vida, operado pela Caixa, foram 883 mil unidades contratadas e 600 mil entregues no estado, resultado de um investimento de R$ 76 bilhões.
Novo ato – No dia 18, os empregados da Caixa e movimentos sociais retornam a Avenida Paulista para um novo grande ato em defesa da Caixa 100% Pública, da sua função social e dos seus empregados. Será feita distribuição de cartilhas e informativos ao longo de toda a via sobre a importância do banco público para a sociedade e pela valorização dos bancários.
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O Sindicato convida todos os empregados da Caixa a participar dessa mobilização. Para participar, basta fornecer seu nome e telefone no formulário abaixo. Depois, os dirigentes do Sindicato entrarão em contato para organizar a distribuição dos voluntários ao longo da Avenida Paulista, horários e pontos de encontro.
“Nenhuma informação sobre os trabalhadores será tornada pública. O momento é de mostrarmos força e conscientizar toda a sociedade sobre a importância da Caixa”, esclarece Dionísio.
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