São Paulo – O projeto Cidade dos Sonhos começou na segunda-feira 15 uma série de atividades nas cinco regiões de São Paulo, com o objetivo de ampliar e facilitar a participação popular no período de consulta pública do edital da licitação dos ônibus da capital paulista. A minuta do edital tem mais de 6 mil páginas e grande parte da população sequer sabe que a consulta pública sobre o tema está aberta desde 21 de dezembro.
“Estamos fazendo uma série de perguntas, em diversos terminais [de ônibus], para que as pessoas possam responder e a gente vai enviar para a prefeitura no final do processo”, explica Flávio Siqueira, coordenador do projeto, enfatizando a necessidade da participação dos usuários nos assuntos da cidade.
As ações serão realizadas até a quinta-feira 25, nos horários de pico, em locais de grande circulação de passageiros de ônibus. Integrantes do projeto Cidade dos Sonhos colocam um banner com 10 perguntas sobre os ônibus municipais e convidam a população a colar adesivos indicando suas preferências. As mesmas 10 questões também podem ser respondidas pela página do projeto no Facebook, por meio de uma enquete ilustrada. Ao final do processo, todas as respostas – tanto as presenciais como as dos internautas – serão enviadas à Prefeitura de São Paulo pelos canais oferecidos para a participação popular.
“Apesar de todos os recursos que a tecnologia oferece, os canais de participação oferecidos pelo poder público são antiquados e praticamente inacessíveis: um link pra baixar a enorme lista de documentos e um arquivo em Excel que dificulta muito a entrega das contribuições. Também não há previsão de audiências públicas. Isso acaba afastando a população, que já tem pouco tempo para participar da consulta pública sobre o transporte municipal, cujo prazo foi comprometido pelas festas de fim de ano”, avalia Flávio Siqueira.
“Embora isso devesse ser uma preocupação da prefeitura, nossa proposta com essas ações é facilitar esse processo, favorecendo a interação e permitindo que os dados sejam repassados à Prefeitura dentro dos moldes que ela estabelece. Ou seja, quem participar conta com a certeza de que sua opinião fará parte do processo formal de consulta pública conduzido pela Prefeitura”, afirma o coordenador do projeto à Rádio Brasil Atual.
