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Chapéu
Questão de gênero

Declarações machistas de novo presidente do BB preocupam bancárias

Linha fina
Posts no Facebook de Rubem Novaes são carregados de machismo, misoginia e ofensa às mulheres
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Foto: Agência Brasil

O novo presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, nem bem assumiu o cargo e já causa preocupações para as funcionárias do banco. Isso porque seu histórico de postagens no Facebook é carregado de misoginia, machismo e preconceito contra mulheres.

Entre as postagens estão ofensas de cunho sexual, comentários jocosos sobre a aparência e a capacidade das mulheres, além do compartilhamento de notícias falsas e teorias conspiratórias descabidas.

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Para a dirigente da Contraf-CUT e funcionária do BB, Fernanda Lopes, um presidente que não tem conhecimento sobre a cultura interna da entidade e que tem posicionamentos notadamente machistas não traz segurança para as mulheres que trabalham no banco.

“O BB vem há algum tempo promovendo politicas de equidade de gênero, inclusive em processos seletivos, apesar desta equidade ainda não ter alcançado os cargos mais altos. Por cobrança da Contraf e dos sindicatos, o tema sempre está na pauta em mesas de negociação e tem conquistado avanços”, explica a dirigente.

Fernanda lembra que metade do corpo funcional do Banco do Brasil é composto por mulheres, e que muitas delas tem expressado preocupação por ter um presidente com o histórico de Rubem a frente do banco.

“Como estas mulheres vão prosseguir na carreira? Que medidas para reduzir a desigualdade entre os gêneros serão tomadas pelo banco se o presidente não está preocupado com esta desigualdade, a ponto de fazer piada com ela, inclusive na vida pessoal?”, questiona a dirigente.

Para a secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro, a postura do presidente do BB deixa a categoria perplexa e coloca em dúvida se o banco se comprometerá com as propostas de igualdade.

“A mesa de igualdade de oportunidades é uma conquista da categoria, reconhecida internacionalmente e que tem como um de seus principais objetivos discutir o fim da diferença salarial entre homens e mulheres, promover mulheres a cargos mais expressivos dentro do banco, as relações compartilhadas e o combate ao assédio moral e sexual nos locais de trabalho”, explica a secretária, temendo que estas conquistas fiquem em risco na nova gestão.

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